Eu estava mal. Quando isso acontece, uma das alternativas a que recorro é subir a Pedra Bonita, um enorme maciço de granito debruçado sobre o Atlântico, ao lado da Pedra da Gávea, com vista para diversos bairros do Rio de Janeiro. Evito os fins de semana por causa do grande movimento. Vou meditar, rezar e refletir. Silêncio e quietude são fundamentais. Nos dias de sol a beleza é estonteante. O azul do céu se funde ao azul do mar misturando tons até se fundirem no infinito. A ideia de infinito me fascina desde sempre. Amor e infinito são conceitos que se fundem em mim. Penso, não haver um sem o outro. Refiro-me ao amor semeado, sem necessariamente obrigar ninguém a nos acompanhar. O amor é a flor oferecida ou recebida. Jamais planta dependente de outra por se considerar incapaz de se desenvolver sozinha. O amor é o pote d`água fresca do qual bebemos metade e deixamos a outra parte para quem vem atrás. Não existe amor sem respeito, compromisso e preocupação para além de nossas necessidades, interesses e vontades. O amor é a base da evolução espiritual, presente em todas as virtudes, assim como na compreensão da verdade, sob a qual cada indivíduo ergue a própria realidade.
Certa vez, no mosteiro, ao estudar o imprescindível Sermão da Montanha, nos deparamos com o trecho do texto em que o maior dos mestres profere para a multidão a seguinte frase: vós sois o sal da terra. Diante da dificuldade da turma em compreender o significado daquelas palavras, o Velho, o monge mais antigo da Ordem, explicou: “Os textos sagrados possuem várias camadas de interpretação. Todas válidas e verdadeiras. Uma das que mais me encanta é a seguinte: o sal é o mais importante dos temperos. Quando nos oferecem um delicioso jantar, elogiamos o sabor dos alimentos que vemos no prato. Por ser invisível aos olhos após o cozimento, nunca nos lembramos de exaltar as qualidades do sal. Contudo, na falta do sal, a comida fica insossa, o sabor desaparece. Assim é com o amor, o tempero da vida”. Fez uma pausa antes de concluir: “Vivam de maneira que, mesmo que não os vejam nem reconheçam, a alegria de muitos haja sido temperada pelas mãos do vosso amor, invisíveis aos olhos do mundo, mas fundamentais ao gosto da vida”.
Voltemos a história que preciso contar. Esse fato aconteceu há alguns anos. Naquele dia, chovia muito. Foi uma subida difícil. Diferente não era aquele momento. O mercado editorial estava em crise. Cada vez mais as pessoas liam menos. Falo sobre a leitura de livros nas quais autores e leitores compartilham de uma mesma viagem a lugares e universos fantásticos. O escritor mostra cenários, oferece personagens e tramas; o leitor empresta a sua imaginação para acrescentar imagens às palavras. Algo tão fabuloso que eu acreditava sem fim. Nem mesmo a beleza do cinema arranhara o prestígio dos livros; ao contrário, uma mesma história tem contornos e contextos mais profundos nos livros do que nos filmes. No entanto, tudo mudara. Os motivos eram vários. Poderosas plataformas internacionais permitiam a publicação de livros digitais a custo zero. A autopublicação dispensava o trabalho e o conhecimento dos editores, sem se importar quanto da qualidade seria perdida. Os valores auferidos nas vendas seriam repartidos em diferentes percentuais, apenas entre plataformas e escritores. Ambos ganhariam mais. Como se não bastasse, a facilidade tecnológica para produzir vídeos artesanais de excelente qualidade e a existência de plataformas de exibição, além do apoio das redes sociais para a necessária divulgação, convergiam para mudar o gosto do público. Vídeos curtos, de poucos minutos, ou mesmo de alguns segundos, tomavam o lugar de histórias que se alongam por centenas de páginas. Aquela viagem simbiótica entre autor e leitor, depois de séculos, estava com os dias contados. Analistas de mercado, tendências e finanças eram unânimes e implacáveis: a editora que eu havia fundado e na qual trabalhara por longo tempo, fonte de tantas alegrias e conquistas profissionais, não mais existiria em alguns meses. Tudo muda, eu sempre soube. Não existe evolução sem transformação. Havia a necessidade de me reinventar. Agora e sempre. Eu precisava encontrar outro caminho. Só não sabia como nem onde.
Recostei-me em uma pedra, com o oceano algumas centenas de metros abaixo, tendo o céu nublado à frente. Admirei a paisagem por alguns instantes, depois fechei os olhos. Ignorei a chuva. Eu precisava pensar, rezar e meditar. A intuição, a inspiração e a reflexão eram indispensáveis para me apontar a saída daquele labirinto existencial. Não apenas as ideias precisam encontrar os devidos lugares nas prateleiras da mente para que haja clareza; os sentimentos também carecem de ordem e entendimento para servir à esperança e à serenidade, jamais ao desespero e ao medo. Assim fiquei por um tempo que não sei precisar, até que tive atenção despertada pelo grasnar de aves cada vez mais próximo. Ao abrir os olhos me deparei com a Cléo, a bruxa, envolvida em gaivotas, andando em minha direção. De pele e cabelos morenos, corpo longilíneo, movimentos graciosos e vestido esvoaçante, aquela bonita mulher era uma lenda urbana. Muitos tinham ouvidos histórias sobre ela, poucos a conheciam. Algumas vezes eu a encontrara na Pedra Bonita. Os encontros nunca dependeram da minha vontade, mas sempre dos caprichos dela.
Sem esperar por qualquer convite, ela se ajoelhou ao meu lado. Como se conhecesse as causas da minha agonia, disse: “A realidade é a verdade que vivemos. A verdade é a fronteira mais distante já alcançada pela consciência até o momento. Em sua composição, entram doses importantes de percepção e sensibilidade, os alicerces estruturais da consciência. Há também outros elementos de enorme influência para a formação da verdade: conhecimentos em geral, sentimentos, emoções, resiliência intelectiva, informações difusas, conceitos científicos, opiniões de pessoas de grande reputação ou que admiramos. Assim se formam as denominadas crenças. A qualidade destes aspectos pode ampliar ou entorpecer a percepção e a sensibilidade. Quando inebria, furta da consciência o livre-pensar. Perde-se a clareza do discernimento. O olhar pessoal resta deturpado por influências indevidas e prejudiciais. Abica-se da verdade singular elaborada a partir das experiências e conclusões próprias para adotar as crenças do mundo. Seja por sincera convicção ou mera conveniência”. Fez uma pausa para me permitir concatenar o arco filosófico e disse: “Se a verdade estabelece os parâmetros da realidade, ao aceitar uma verdade emprestada para viver, o indivíduo passará os dias numa realidade de aluguel, sob a qual definirá rota e rumo, fará escolhas e firmará o destino da sua viagem”. Deu de ombros e pontuou: “Nenhuma reclamação cabe caso o desembarque não seja onde o bilhete comprado indicava. Quem lhe vendeu também não sabia. A vida não engana ninguém”.
Confessei que nunca tinha pensado daquela maneira. O uso de uma verdade emprestada me faz confiar o destino da vida nas mãos de alguém que talvez desconheça a verdade ou não seja movido pelas melhores intenções. Cléo sorriu e argumentou: “Algo parecido como morar em uma casa que você não construiu. As paredes estão pintadas, há flores na janela. Aparentemente tudo parece adequado e perfeito. No entanto, não se sabe como foi erguida nem como funciona o sistema elétrico, pluvial ou de esgoto. Não se conhece a profundidade e a robustez dos alicerces que a sustentam. Dizem que o telhado é firme e o rio que passa ao lado é bom para mergulhar e pescar. Dão-lhe a garantia que a casa é segura e que o morador será feliz ali. O inquilino acredita na boa-fé do corretor ou do senhorio. Pode não haver nenhuma intercorrência durante toda existência. No entanto, pode o rio transbordar com as chuvas de verão ou haver ninhos de cupim no madeirame oculto da estrutura. Viver à deriva de uma verdade de aluguel se chama crença. Construir a própria casa se denomina verdade. Adotamos as crenças para suprir os vazios da ignorância e responder mais facilmente às dúvidas. Damos preferência em acreditar nas teorias e versões que dialogam com nossas necessidades imediatas, conveniências, medos e desejos. Substituir pouco a pouco as crenças pela verdade é uma jornada de autoconstrução em busca de equilíbrio e força de movimento para, então, seguir em frente”.
Comentei que as verdades não eram definitivas nem estáticas. Porém, dinâmicas e mutantes. Cléo disse sim com a cabeça e acrescentou: “Conhecer a si mesmo é pressuposto indispensável de acesso à verdade. A jornada do autodescobrimento não tem fim”. Depois, complementou: “Assim como as virtudes, a verdade é parte da arte da evolução. O compasso do aperfeiçoamento espiritual é registrado pelo aprofundamento da verdade ocorrido através de uma consciência cujas percepção e sensibilidade se aguçam a cada experiência bem elaborada. Nesse ritmo, a verdade é um destino que se chega ao poucos, mas nunca se chega em absoluto”. Considerei que algumas crenças poderiam estar em estágio mais avançado do que verdades ainda em formação primária. A bruxa tornou a concordar: “Sem dúvida. Quando acontece, ajudam a nos sustentar por algum tempo. Jamais por todo tempo, uma vez que são efêmeras e inconsistentes por tratar das anotações da viagem de outra pessoa. Sem demora, haverá o momento em que as crenças se mostrarão insuficientes para responder perguntas e sinalizar saídas. A razão é simples: cada pessoa tem suas próprias elaborações, dúvidas e necessidades. Somos únicos. Agradeça, mas é hora de se desfazer delas. Contudo, não as desmereça. Lembre que foram úteis naqueles momentos e, não raro, forneceram valiosos elementos à compreensão da verdade, como os degraus iniciais de uma grande escalada”. Questionei se era normal as crenças se misturarem às verdades. Cleo esclareceu: “Crenças são como lentes. Servem para ampliar ou deturpar o olhar. Porém, não são os seus olhos. Logo, não representam a sua verdade. As lentes sintetizam olhares alheios. As crenças trazem consigo os equívocos e acertos, características boas e ruins de uma pessoa, coletividade ou cultura. Resta saber se você está aquém ou além delas para entender no que ajudam ou atrapalham”.
Argumentei que acreditar no poder do amor necessariamente é uma crença boa, independente de onde eu estiver na estrada evolutiva. Cléo sorriu como se falasse com uma criança e esclareceu: “Não resta dúvida de que o amor é o caminho e o destino. Contudo, assim como qualquer outra crença, essa também precisa ser experimentada para se tornar uma verdade. A boa crença se torna verdade quando tem capacidade de responder as perguntas, mostrar saídas, alavancar superações e impulsionar a criatividade rumo à transformação. Mesmo as melhores lentes possuem limitações. A verdade não pode prescindir da infinitude de aspectos na aprimoração do olhar. O amor é capaz disso tudo e muito mais. No entanto, exige aprendizado. A crença do amor como solução apenas se tornará verdade na medida que vivermos o exato amor à perfeita equação de todos os problemas. Não basta acreditar, se faz necessário usar a verdade como fator de mudança para fazer emergir uma nova e diferente realidade. Assim como o amor, a verdade não é discurso. Porém, ação”.
Em seguida, ressaltou a necessidade do respeito e da delicadeza nos relacionamentos: “Por mais estranho que possa parecer, vivemos realidades distintas em um mesmo entorno material, físico e urbano. Diferentes olhares explicam múltiplas realidades pessoais que se permeiam e misturam em relações, ora convergentes, ora divergentes. Universos ímpares se entrelaçam com suavidade ou aspereza num mundo comum a todos”.
Olhou para o horizonte por alguns instantes, como se procurasse pelas melhores palavras, e disse: “O cerne da questão é que a realidade é moldada de acordo com as crenças e verdades de cada pessoa, estabelecendo pontes ou muros, construções ou ruínas, regenerações ou desistências, propósitos ou abandonos, enganos e acertos. A compreensão do poder da verdade na criação da realidade finca as bases de um importante poder pessoal: criamos e destruímos a própria realidade através das mudanças de olhar que ocorrem por intermédio das transformações intrínsecas. No compasso da evolução da verdade adquirimos condições de remodelar a realidade de inúmeras outras maneiras. Imaginar as mil criações possíveis a partir de uma reestruturação interna e redentora é fascinante e encantador”. Deu um lindo sorriso e segredou: “Todos podem, poucos sabem”.
Perguntei como saber a hora de mudar. A bruxa explicou: “Verdades e crenças formam o solo existencial no qual caminhamos. Quando não mais fornecem as soluções necessárias para seguirmos adiante, é como se o chão se abrisse. Desabamos. O nível da crise variará do quanto insistimos em usar modelos de ser e viver, pensar e sentir, que não mais permitiam avançar. Em último estágio, o caos se instala para varrer a estrutura mal construída, incapaz de sustentar a evolução pessoal. Embora pareça ruim, se trata de uma dádiva. Apenas essa compreensão permitirá a regeneração, o renascimento em si mesmo, como o único jeito de redesenhar uma nova realidade. Do contrário, permanecerá aprisionado nas grades das próprias incompreensões”. Franziu as sobrancelhas e avisou: “Rever verdades, virtudes e hábitos, assim como buscar a serenidade dos sentimentos para que não falte clareza no pensar, é uma necessidade cotidiana. Somente encontraremos no mundo a beleza que já existe dentro da gente. Não me refiro a beleza como paisagem para fotografias, mas como essência e força-motriz”.
A bruxa olhou para o céu. A chuva parara. As nuvens se afastavam. Ela me perguntou se aquela conversa havia me ajudado a responder aos anseios que me agonizavam. Falei que não. As dúvidas permaneciam. Relatei o que se passava. Como a internet mudava as relações comerciais, criando e destruindo negócios. A minha editora estava perto do fim. Dentro de alguns meses estaria falido. Se a fechasse agora sobraria algum dinheiro para investir em outro negócio. Cléo me olhou com seriedade e perguntou: “A ideia de que os livros impressos irão acabar em breve é uma verdade ou uma crença?”. Argumentei que os especialistas eram unânimes em afirmar o colapso da literatura de papel. Apontavam para o declínio do hábito da leitura; vídeos curtos entretinham e exigiam menos esforço. A internet e o mundo digital mudaram o mundo e a vida para sempre. Bibliotecas inteiras cabiam dentro de um tablet de duzentos gramas. Lembrei que telefones fixos e máquinas de escrever tinham desaparecido. Resistir a essa mudança era se afogar numa onda irrefreável. Seria mais inteligente e sensato navegar nela. Até a maneira das pessoas se relacionarem tinha sofrido alteração com o surgimento das redes sociais. Encontros e relacionamentos eram cada vez mais virtuais. Foi quando Cléo me colocou para pensar: “Ligações encurtam distâncias e a troca de mensagens instantâneas fez aposentar o hábito de escrever cartas. Nada há de errado nisto. Ao contrário, aproximou as pessoas. A revolução digital oferece um sem-número de ferramentas que, como quaisquer outras, têm polaridade neutra. Como a usamos estabelece o polo positivo ou negativo delas. Do mesmo modo que nos facilita a vida em muitos aspectos, sendo fonte de alegrias e descobertas fabulosas, também serve de meio para intrigas, fraudes e maldades”. Fez uma pausa antes de argumentar para questionar: “Você disse que tecnologia mudou o formato dos relacionamentos. Apesar de todas as facilidades digitais para as pessoas se verem e se falarem, poderíamos afirmar que os antiquíssimos hábitos de abraçar, beijar e conversar presencialmente estariam sepultados em definitivo?”. De pronto, afirmei que não. A presença física era insubstituível aos melhores encontros. Em seguida, indagou: “O prazer de ler livros em aparelhos digitais é o mesmo da leitura em papel?”. De jeito nenhum, respondi. O livro impresso, mormente os bens editados e diagramados, possuem uma magia sensitiva difícil de descrever. Nem que daqui a alguns anos tivesse que ir aos museus para ler livros de papel, eu jamais abdicaria deste velho hábito, garanti. As perguntas de Cléo prosseguiram: “Como você existem outras pessoas?”. Falei que muitas. Até mesmo entre os mais jovens se notava a preferência pelos livros impressos. Contudo, lembrei, vídeos curtos substituíam os livros na preferência do público. Ele indagou: “Um vídeo de alguns minutos, ainda que com enorme capacidade de sintetizar ideias, pode ocupar o lugar de uma leitura ampla e profunda? Seria possível mergulhar no universo reflexivo de O mercador de Veneza, de Shakespeare, ou Ética, de Espinosa, com apenas cinco minutos de imagens e legendas?”. Sem medo de errar, afirmei ser impossível. A reflexão expansiva é uma estrada sem atalhos. Exige dedicação e tempo. Cléo fez uma interessante e óbvia observação: “Há público para todo tipo de gosto, interesse e entretenimento. Não se trata de certo ou errado, mas da capacidade de construir a realidade na qual cada um viverá logo adiante”. Em seguida, fez a pergunta derradeira: “Retornando à opinião dos especialistas que o conduziu pelos trilhos do desespero e do medo, e sem as desmerecer, você está construindo a sua realidade sob crenças ou verdade?”.
Emudeci. As gaivotas se aproximaram. Como em bailado místico, Cléo rodopiou, se afastando aos poucos, até desaparecer. Não pude me despedir nem agradecer à bruxa. As nuvens se afastaram. Alguns raios de sol sinalizaram a chegada de um novo tempo. Ou uma diferente realidade. Ainda fiquei sentado por um tempo que não sei precisar. Eu estava prestes a tomar decisões angulares, não por intermédio do meu olhar, mas baseado nas lentes do mundo. Eu me deixara mover pelas crenças alheias por não confiar na minha verdade. Ambas oferecem margem para erros e acertos, não há como ter garantia. A vida exige riscos e ousadia. Viver pelas crenças é negar a individualidade; confiar na própria verdade é o passo inicial rumo à liberdade.
Sem abdicar do progresso tecnológico, converti todos os livros da editora em formato digital. Mas não abandonei o velho, bom e tradicional livro de papel. Era preciso fazer mais. Confeccionei edições com diagramação, ilustrações e capas como nunca havia feito. Resgatei clássicos e filósofos há muito não publicados. Trouxe à tona livros para quem amava viver entre os livros, do mesmo modo que conviver ao lado de outras pessoas é fundamental para aqueles que se movem por amor. O resultado foi surpreendente. Embora a aceitação dos vídeos e dos livros digitais seja um movimento inegável e sem retrocesso, os livros impressos continuarão na vida de muitas e muitas pessoas. Por vezes, o novo não vem destruir o antigo, mas o valorizar.
Passado algum tempo, retornei à Pedra Bonita. Queria agradecer a Cléo. Esperei por horas, ela não apareceu. Sentei-me de frente ao céu e ao mar na fusão dos azuis no infinito distante. Mergulhei em mim. Após algum tempo, a voz do silêncio me perguntou: “Com crenças ou verdades, como andas construindo a vossa realidade?”.
3 comments
Gratidão 🙏
Magnífico texto, sim, todos os formatos tem seu lugar, o novo não substitui o velho, ela apenas tem sua vez de ser o centro de atenção, ate se juntar ao antigo e dar lugar ao novo novo. Nada se perde, o velho ganha o valor na imortalidade da cultura histórica, e o novo se tiver a mesma qualidade, vc vai um dia se juntar ao antigo.
Obrigado, meu amigo. Aguardo ansiosamente pelo dia que subiremos à pedra bonita juntos. Até lá.