Daquela vez, ao chegar na oficina de Loureiro, o sapateiro amante dos livros de filosofia e dos vinhos tintos, o encontrei na calçada se preparando para sair. Ao me ver, encostou a bicicleta de volta ao poste e me brindou com um lindo sorriso. Como de costume, estava impecavelmente elegante. Os fartos cabelos brancos, penteados para trás, eram emoldurados por uma camisa social de linho azul claro, cuidadosamente arrumada para dentro da calça preta de fina alfaiataria. Os sapatos eram de fabricação própria. Deu-me um forte abraço como demonstração da sua sincera alegria por aquele encontro inusitado. Eu nunca avisava quando iria visitá-lo. Porém, costumava chegar de madrugada. O atraso do voo me fez perder o primeiro trem do dia. Ele estava indo almoçar. Perguntou se eu gostaria de o acompanhar. Convite aceito de imediato, fomos a um aconchegante bistrô a poucas quadras de distância, em frente ao parque municipal. Sentamo-nos próximo à janela para aproveitar as folhas e as flores de mil cores típicas da primavera. Enquanto esperávamos pelos pratos, pedimos uma garrafa de vinho. Havia um rótulo que já se tornara uma tradição em nossos almoços, mas que naquele dia estava em falta. O simpático garçom nos recomendou outro, de uma pequena vinícola da região, recentemente premiado em um concurso internacional. Fato que surpreendera a todos, pois nunca havia conseguido produzir vinhos de boa qualidade. Como o dono do restaurante comprara algumas caixas antes da premiação, com preço baixo, conseguia revender a um valor acessível. Gostamos da sugestão. Quando nos trouxeram a garrafa, Loureiro notou se tratar da vinícola de Charles, seu irmão caçula. “E incompreendido pela família”, acrescentou o sapateiro depois de o garçom se retirar. O vinho era espetacular.
Durante o almoço, contou que esse irmão sempre fora tratado por quase todos da família como se fosse um desajustado. Nefelibata, significa quem vive nas nuvens; era assim que as pessoas mais próximas se referiram ao Charles e como ele batizou o vinho que produzia. Apesar de todos os percalços, nunca perdera o bom humor. O apelido surgira em razão de, desde jovem, ter se dedicado integralmente à própria vinícola, numa região dos Pirineus que segundo os especialistas era imprópria às uvas. Sempre produzira vinhos medíocres. Inúmeras e graves foram as dificuldades financeiras. Quando atingiram a idade de ingressar na universidade, os filhos partiram. A esposa se foi logo depois. Os demais familiares se afastaram quase que por completo. Resignado, Charles não lhes retirava os argumentos nem se creditava no direito a qualquer mágoa. Aceitar que cada pessoa tem o pleno direito de conduzir a vida da maneira que melhor lhe aprouver é uma atitude do mais nobre respeito. A si e aos demais. Contudo, todos se sentiam no direito de opinar sobre a vida de Charles, algo comum de acontecer quando o indivíduo tem problemas para se estabilizar profissional ou economicamente, como se isto fosse sinal inequívoco de incapacidade. “O sucesso nem sempre se pauta nos trilhos da fama ou da fortuna”, ressaltou Loureiro para em seguida, acrescentar: “Ao contrário do que muitos entendem, o sucesso fala sobre conquistas intrínsecas, como a dignidade, a paz, a felicidade, o amor e liberdade”.
As críticas ao estilo de vida do Charles se agravaram quando, no auge das dificuldades financeiras, recusara a generosa oferta de uma famosa rede hoteleira por suas terras, interessada em erguer um resort de alto luxo face a incrível beleza natural do lugar. Como não houve negócio, o hotel foi construído em outro local. Segundo muitos, ele teria desperdiçado a maior oportunidade da sua vida. Sem dúvida, um nefelibata, zombavam, ainda mais porque, em razão da altitude, a vinícola costumava ficar entre as nuvens. Literalmente.
Próximo ao fim do almoço, e da garrafa do vinho maravilhoso, fomos surpreendidos pela entrada do Charles no restaurante. O sapateiro ficou radiante ao ver o irmão. Depois das trocas de abraços, ele se sentou conosco. Ao notar o vinho que bebíamos, sorriu com satisfação. Em seguida, contou que estivera havia poucos minutos na oficina de Loureiro. Como estava fechada, arriscou a encontrá-lo no bistrô, contou satisfeito. Após os inevitáveis e honestos elogios ao vinho premiado, Charles segurou a mão do irmão com carinho, se virou para mim, e disse: “Ele foi a única pessoa a não me negar apoio durante mais de três décadas. Nos momentos mais difíceis, ainda que estivesse fisicamente distante, eu o sentia ao meu lado”, se virou para o sapateiro e disse em tom de agradecimento: “Não apenas me emprestou dinheiro, mesmo quando havia pouco para ele, mas também me ofereceu palavras de esperança e incentivo durante essa jornada longa, difícil, porém, belíssima. Certa vez, quando os sinais pareciam mostrar que eu fizera uma escolha equivocada, ele me disse: jamais tenha compromisso tanto com erro quanto com o medo. Se em algum momento eu entendesse estar errado, deveria refazer a rota. Mas enquanto compreendesse haver fundamento no sonho, nada deveria temer. Cabia enfrentar as dificuldades e manter o rumo. Alguns sonhos demoram a amadurecer; outros são meros devaneios; a diferença entre eles é a conexão que possuem com a nossa alma. Dentro de mim pulsava a certeza que me impediu de desistir”. Enxugou uma lágrima rebelde e pontuou: “Senti muita falta de todos, mas nunca houve espaço nem tempo para cultivar mágoas. Preferi cultivar uvas. Entendo a razão daqueles que se afastaram. O sonho era meu, não deles. Cada um partiu em busca do próprio sonho. Ninguém cometeu nenhum erro. Nem eu nem eles”.
Indaguei como se sentiu quando recebeu a tentadora proposta para vender as terras. Charles sorriu e explicou: “Fiquei noites sem dormir. Era assombrado por números e projeções. Lembro que fui ao ateliê conversar com o Loureiro. Ele me fez uma única pergunta: como acredita que será a sua vida caso se desfaça da vinícola?”. Bebeu um gole de vinho e concluiu: “A pergunta certa tem o poder de nos conduzir a resposta definitiva. Nunca mais fui assaltado por qualquer dúvida sobre esse assunto. Recusei a oferta e segui em frente. Isso foi há mais de uma década. Até que a cerca de dois anos, desenvolvi uma muda híbrida de parreira que se adaptou com perfeição ao frio e ao solo dos Pirineus”, deixando evidente que o prêmio não resultara do acaso ou da sorte. Era decorrente de muito estudo e trabalho. Apesar das inúmeras e enormes dificuldades, o sonho se tornara real. Comentei que a opinião de todos mudaria quando soubessem da premiação. Charles me corrigiu: “Se a opinião dos outros tivesse mais força que a minha verdade, eu seria pessoa que eles moldariam, jamais quem sou”. Concordei com ele. Ponderei que a partir dos acontecimentos talvez fosse possível resgatar as relações perdidas. “Não mais”, disse o vinicultor num timbre de voz entre o enigma e a despedida. Apertou a mão do irmão, cujas feições não escondiam a intensa emoção do momento, e agradeceu: “O seu apoio foi fundamental para a superação dos momentos mais complicados, que não foram poucos. Você fez a diferença em minha vida”. Nada mais disse nem precisava.
Costumo visitar o sapateiro nas vezes que subo a montanha, rumo ao mosteiro, a cada ano para mais um período de estudos. Salvo quando há eventos ou reuniões extraordinárias na Ordem. Daquela vez, retornei apenas três meses depois daquele almoço. Foi quando soube que Charles partira para as Terras Altas algumas poucas semanas após o nosso encontro no bistrô. Sem nada revelar a ninguém, ele havia recebido um diagnóstico de tumor no pâncreas. Preferiu lidar sozinho com a situação. Recusou o tratamento desconfortável, uma vez que a possibilidade de cura estava descartada. Recolheu-se na vinícola para se preparar para a grande transição. Segundo os funcionários que o acompanharam até o último dia do dia sem fim, viajou em paz. Soube dos fatos enquanto Loureiro colocava duas canecas fumegantes com café sobre o balcão de madeira. O sapateiro acrescentou: “Quando o encontramos naquele almoço, ele tinha vindo ao cartório para lavrar o seu testamento. Como era do seu feitio, nada comentou com ninguém”. Fez uma pausa antes da fazer a revelação surpreendente: “Charles deixou a vinícola de herança para mim”.
De imediato, eu quis saber como ele administraria a vinícola, que alcançara valores estratosféricos após a premiação, junto com a pequena sapataria, onde dava vazão ao seu dom. Foi quando me contou sobre a insatisfação dos filhos, além de alguns outros irmãos, com a decisão do Charles em relação ao próprio patrimônio. Eles tinham interposto ação judicial questionando a validade do testamento. Alegavam que como estava doente à época, não teria condições psíquicas para deliberar sobre os bens. A audiência seria naquela tarde. Seria a primeira de muitas, pensei. Foi inevitável lembrar que antes da premiação, caçoavam da vinícola; nenhum deles quis colaborar para que se tornasse produtiva. Nem mesmo acreditavam que isto era possível. Charles restara abandonado pelas mesmas pessoas que agora cobiçavam o seu legado. Falei que eu presenciara a última conversa entre o vinicultor e o sapateiro. Embora não pudesse negar o evidente tom de despedida nas palavras de Charles, inexistia qualquer traço de incapacidade mental em seu raciocínio, articulação de ideias ou resquício de desequilíbrio emocional. Ofereci-me como testemunha. Loureiro sorriu em agradecimento e disse: “Não será necessário”.
Insisti em o acompanhar na audiência, nem que fosse a título de apoio moral. Naquela tarde fomos ao foro da pequena e charmosa cidade. Quando chegamos, aqueles que contestavam a legitimidade do testamento já nos aguardavam. Sem nenhum rastro de ressentimento, Loureiro cumprimentou a todos com delicadeza. A recíproca não aconteceu. Sem demora, fomos chamados a presença da magistrada. Primeiro se manifestou o advogado dos autores da ação. Era um profissional experiente e caro. Expressou com clareza os fundamentos do pedido. O seu timbre de voz era treinado para ressaltar a convicção dos argumentos apresentados, com a nítida insinuação que o sapateiro se aproveitara da fragilidade emocional do vinicultor para obter os privilégios contidos no testamento. Ao terminar, a juíza autorizou que a advogada de Loureiro, uma jovem recém-formada, apresentasse as contrarrazões. Neste momento, o sapateiro pediu a palavra, que lhe foi concedida pela magistrada com um aceno de cabeça. Sem se alongar ou se exaltar, o artesão disse que não gostaria de assistir a tentativa da desconstrução da sanidade mental do irmão por parte de quem nunca se interessou por ele, manteve qualquer convivência ou sequer ofereceu algum cuidado. Não precisava lembrar do desprezo de todos pelos sonhos e necessidades do Charles. No entanto, se arvoravam no direito de herdar o patrimônio quando não se mostraram capazes de cuidar do homem. Insistir naquela briga seria despedaçar uma pessoa digna e aprisionar a sua vontade a uma sentença judicial, seja qual fosse. Quanto às acusações de oportunismo, todos ali o conheciam desde sempre; não tinha dúvida que eram movidas pela ganância, jamais pela sensatez. Assim, renunciaria ao patrimônio que lhe fora legado pelo irmão em favor daqueles que se declaravam prejudicados. Nada queria, pois, tudo possuía. Levava consigo as lembranças dos momentos vividos ao lado do Charles, alguns angulares e de extrema beleza pelo amor envolvido. Herdara mais do irmão caçula do que qualquer outra pessoa da família. “São as minhas histórias que me enriquecem”, encerrou Loureiro.
Houve um silêncio desconcertante e constrangedor. A juíza sugeriu que o sapateiro reavaliasse a sua posição. Embora não fosse lícito prejulgar a ação, acreditava existir muitos elementos processuais em favor de Loureiro. O sapateiro apenas ratificou a firme decisão de renunciar ao testamento do irmão. Assim, ficou decidido que a vinícola de Charles seria vendida e o valor rateado entre os postulantes à herança. Nada coube ao artesão.
Anoitecia quando saímos do foro. O sapateiro sugeriu que fôssemos jantar no mesmo bistrô que encontráramos com o Charles pela última vez. Andamos até o restaurante sem dizer palavra. Sentamo-nos na mesma mesa e pedimos o vinho premiado. O garçom alertou que o preço subira bastante. O artesão disse não importar, pois o momento era único. Eu não compreendia nem concordava com a postura do Loureiro na audiência. Não me parecia justo, comentei em tom de revolta. No mais, a decisão do sapateiro me parecera medrosa, por ter fugido à luta, e desrespeitosa, por ignorar a vontade de Charles.
Calamo-nos com a aproximação do garçom. Esperamos que abrisse a garrafa, servisse o vinho e se afastasse. Depois, ponderou aos meus argumentos: “A genuína renúncia não se caracteriza por fugir à luta, mas em entender onde o combate verdadeiramente acontece. Prosseguir na ação judicial, embora as minhas chances de sucesso fossem expressivas, não me conduziria a nenhuma vitória. Renunciar significa entregar menos para ficar com mais. Embora a maioria das pessoas não entenda assim”. Falei que eu também não entendia. O sapateiro explicou: “A renúncia ainda é uma arte cujo potencial e beleza são pouco conhecidos e, em razão disto, a denominamos de a arte oculta. Por quase nada saberem, muitos a associam ao medo do enfrentamento, a covardia diante do oponente aparentemente mais forte, culminando no desperdício de uma excelente oportunidade. Em verdade, a renúncia ocorre quando abdicamos de um bem de grande valor aos olhos do mundo em prol de outro bem, de menor valor aos olhos das multidões, mas de incomensurável riqueza para a alma”.
Questionei o que ele havia ganhado com aquela atitude. O artesão esclareceu: “A renúncia se assemelha ao perdão pelo aspecto libertador que proporciona. Deixamos para trás a mágoa, o orgulho, a raiva, a vaidade para conquistar a leveza de um coração purificado pelo amor. O perdão é a manifestação do amor em um nível tão elevado que o faz sagrado. É o amor utilizado como ingrediente de cura. O perdão cicatriza a ferida provocada pela maldade. A renúncia impede o surgimento da ferida. A renúncia antes torna desnecessário o perdão depois, como uma espécie de profilaxia existencial. Como em um movimento de vanguarda, a renúncia se antecipa ao perdão”. Bateu com o dedo indicador na mesa para ressaltar um importante aspecto: “Para ser legítima, a renúncia precisa trazer consigo todos os elementos de amor e sabedoria contidos no perdão. Do contrário, a renúncia não se completará. Se restar um traço de mágoa ou qualquer sensação de prejuízo, os seus efeitos libertadores restarão perdidos”.
Lembrei da importância de lutarmos pelos nossos direitos. Loureiro concordou com um gesto de cabeça e perguntou: “O dinheiro ou a paz, qual deles é mais importante na sua escala de valores?”. Questionei se não seria possível ter ambos. O artesão discordou, ao menos naquele momento: “Não quero uma vida acossada por acusações, ainda que infundadas. Quero evitar desperdiçar uma única tarde entre reuniões com advogados e audiências judiciais. Tenho coisas mais importantes e saborosas para pensar, sentir e fazer”. Ponderei que mesmo assim algumas daquelas pessoas talvez continuassem a falar mal dele: “Tenho consciência disto. Sei também que precisarão fazer isso para justificar os próprios atos perante eles mesmos. Enganos geram desconforto. Construir raciocínios tortuosos é aparentemente mais fácil do que aceitar os erros. Fugir parece mais conveniente do que lidar com a verdade. Esconder-se nas sombras demonstra o incômodo provocado pela luz. Do mal não se faz o bem sem a devida reconstrução moral. Manterão os discursos até o dia que se sentirem constrangidos por não mais conseguirem conviver com as incompreensões do vazio entre quem são e quem gostariam de ser. Não se pode pular ou descartar a lição negada”. Fez um gesto com a mão, como para lembrar algo importante, e disse: “Não tenho controle pelo que as pessoas dizem ou fazem, mas tenho responsabilidade pelas guerras que aceito lutar. Todos os combates servem para o aprimoramento intrínseco. Tudo mais é menos. São apenas manifestações sobre desvios de responsabilidade e incompreensões profundas”.
Lembrei do desrespeito à vontade derradeira do Charles. Ele queria que a vinícola ficasse com o sapateiro. Loureiro ponderou: “O meu irmão é um espírito de escol. A sua evolução se deduz da observação atenta de como ele se conduziu por toda a sua última existência, sem se abalar, entristecer ou revoltar com as escolhas alheias. Acredito que Charles imaginasse que tal situação ocorreria e, se o conheço um bocadinho, ficou satisfeito com a solução encontrada. A cada um será entregue conforme as suas obras. Ao seu devido tempo, todos entenderão as próprias atitudes. A estrada ruim nunca leva ao bom destino. Compreenderão isto quando tiverem de refazer as rotas. Não há lição mais eficiente nem herança mais valiosa”.
Arqueou os lábios em um lindo sorriso e argumentou: “Perdi dinheiro, mas mantive a minha paz. Recusei uma guerra que me furtaria a liberdade. Por meses, talvez anos, ficasse aprisionado a um processo originado por sentimentos aviltados e ideias desvairadas movidos a ódio e usura. Eu terminaria envolvido por esse movimento. Uma indignidade que faria comigo mesmo, em ato de desamor e, porquanto, contrário à felicidade”. Piscou um olho como quem conta um segredo e disse: “Entreguei menos, ganhei mais”. Ofereceu-me outro sorriso encantador, típico daqueles que transitam com leveza e suavidade pelos desafios existenciais, e me tranquilizou: “Tenho a minha oficina. Tenho a mim mesmo. Nada me falta”.
Em seguida, finalizou; “A renúncia não é para os fracos que, embora jamais admitam, tudo querem por se acreditarem incapazes de lidar com a impermanência dos dias. Trata-se de um instrumento apenas permitido aos fortes; estes sabem que enfrentar as adversidades típicas da existência depende mais de quem são, e das virtudes que já agregaram à bagagem, do que da quantia que têm em suas contas bancárias. A renúncia não é atributo dos covardes que fogem à verdadeira batalha, porém, está destinada aos corajosos que conseguem enfrentar a si mesmo e abraçar a vida ao invés de atacar os outros e amaldiçoar o mundo. Na luta do ouro contra a luz, a renúncia ilumina a alma”.
Ficamos algum tempo sem dizer palavra. Eu precisava alocar aquelas ideias nas adequadas prateleiras da consciência. Sabia que acabara de receber poderosas ferramentas para lidar com situações que estavam por vir, mas ainda não tinham se apresentado. A vida sempre nos prepara para o porvir. Desperdiçamos as oportunidades por não prestar a devida atenção. Era momento de brindar a maravilhosa lição sobre a liberdade proporcionada pela arte oculta da renúncia. Bebemos duas taças de Nefelibata em agradecimento ao amor e a sabedoria legadas pelo Charles. De modo inusitado e nada convencional, tornei-me seu herdeiro.
5 comments
Divino.
Renunciar é se libertar de um peso morto!
Gratidão 🙏
Gratidão!! 🙏
Esses ensinamentos são maravilhosos, Gratidão.