As duas canecas fumegantes de café foram postas sobre o pesado balcão de madeira na pequena oficina de Loureiro, o sapateiro que tinha o ofício de costurar o couro e a arte de costurar ideias. Comentei sobre a nítida sensação de como a psicoesfera planetária estava densa por causa da intolerância entre as pessoas. Pontos de vista, crenças religiosas, opiniões políticas ou qualquer outra questão de interesse coletivo eram motivos de conflitos desnecessários. Uma antiga e primitiva prática que a humanidade não se mostrara capaz de superar. A intolerância se ampliara aos detalhes das questões de cunho pessoal. As escolhas definem o jeito de ser e de viver de cada indivíduo; pelos mais tolos motivos, as pessoas eram excluídas do convívio uma das outras. As redes sociais tinham agigantado essa nefasta sensação de poder. Ou equivocada percepção de força. Sem interferir nos direitos fundamentais de outras pessoas, todos possuem legitimidade para se autodeterminar. Contudo, simples opiniões vinham sendo alçadas para o altar de verdades intocáveis, cujas discordâncias eram recebidas como autênticas ofensas, fazendo surgir reações agressivas de diversos moldes. O ódio reprimido e negado tinha encontrado um jeito de vir à tona, desmascarando personalidades que se declaravam pacíficas. Ironias, sarcasmos, banimentos de todos os tipos eram as modalidades mais praticadas. Sem nos darmos conta, até mesmo algumas palavras tinham sido tomadas como de interpretação exclusiva de alguns grupos, sendo declaradas proibidas, sob risco de severas sanções. Uma pressão tão intensa que algumas legislações se distorceram para embarcar nessa absurda viagem. Eram tempos estranhos que precisavam de uma reinterpretação urgente. Loureiro bebeu um gole de café e disse: “Como diz o poeta, olhares que aprisionam andam soltos; olhares que libertam andam presos”.
Falei que se fazia necessário inverter a equação. O sapateiro fez sim com a cabeça e comentou: “Enquanto não entendermos ódio que, muitas vezes nem percebemos, mas alimentamos dentro da gente, nada mudará. A intolerância é uma modalidade tão comum de ódio que costumamos construir raciocínios através de vias erráticas somente para justificar nossas reações agressivas. Por se tornarem comuns, achamos que estão corretas, que não existe outra maneira de fazer diferente e melhor. Então, nos destruímos. Pior, ajudamos a agigantar essa psicoesfera densa a qual você se referiu. Veja o caso de algumas palavras que se tornaram proibidas de serem faladas em razão de determinados grupos a interpretarem de maneira exclusiva, como se fossem donos de uma única interpretação cabível, não permitindo a ninguém o direito de expressarem ideias e sentimentos diferentes com as mesmas palavras. Tornaram-se proprietários de algo que não lhes pertence”. Bebeu um gole de café antes de explicar: “De fato, muitos usam determinadas palavras com o intuito de ofender. No entanto, por vezes, a ofensa não está nos lábios de quem as proferiu, mas reside no coração de quem as escuta”.
Franziu as sobrancelhas e acrescentou: “Todavia, a ofensa se se espraia em reações agressivas antes de permitir uma análise mais amorosa e sábia, mais ampla e profunda, mais sincera e compassiva da intenção daquele que a pronunciou. Vivemos dias estranhos e nefastos quando a culpa preexiste por mera presunção. A intolerância como elemento cultural deixou de ser a exceção e se tornou a regra dos convívios. Uma prisão social muito cruel, pois limita o livre-pensar e obstruí a comunicação entre as pessoas, ao estabelecer a autocensura. Uma prisão dentro da outra. Passamos a viver como se tivéssemos um software de conflito pré-instalado dentro da gente”.
Concordei com o sapateiro. Ele me alertou: “Ninguém se alegra por usar o ódio como ingrediente das reações. Disfarçamos o ódio através de inúmeras justificativas. A justiça é uma delas. Extravasamos a raiva sob pretexto de sermos justos; trata-se da modalidade mais usual de vingança. Às vezes, secretamente, nos regozijamos mais com a morte de um malfeitor do que com o seu julgamento por um tribunal competente dentro dos modernos ditames da legislação, dando às costas a um importante marco civilizatório. No entanto, selvagens são os outros. Vale ressaltar que isso nada tem a ver com o exercício da legitima defesa dos policiais no estrito exercício das suas funções. Tampouco, por outro lado, de políticos inescrupulosos que distorcem os fatos para tirarem indevidas vantagens eleitorais ou defenderem interesses escusos. Faz-se necessário separar a palha do trigo. Em qualquer análise sincera, iluminar o ódio sempre será fundamental. Principalmente, aquele que desconhecemos. Do contrário, a mente ficará obstruída e o coração sombreado. O ódio tem este poder”.
Bebeu mais gole de café e disse: “Outro tipo de ódio bastante comum é o sadismo; talvez a menos perceptível das modalidades de ódio que nos habita”. Deu de ombros e disse: “Somos mais sádicos do que acreditamos. Em diferentes tons, existe mais sadismo dentro de você e em mim do que nos damos conta”. Discordei de imediato. Até ali, o sapateiro costurava as ideias da maneira irretocável. Naquele ponto, extrapolara. Falei que o termo era oriundo das obras do Marquês de Sade, polêmico escritor francês do Século XVIII, que defendia em seus livros o prazer em assistir o sofrimento alheio por intermédio de maus tratos. Eu jamais me coadunaria com tamanho absurdo. Sem nada me responder, Loureiro esvaziou a sua caneca de café. Depois, disse que prepararia mais um pouco. Ao se dirigir para a pequena cozinha da oficina, escorregou, indo ao chão. Dei uma gostosa gargalhada. Antes que eu pudesse ajudá-lo, o esguio sapateiro de se levantou sem qualquer dificuldade. Era uma simulação. Em seguida, me perguntou o motivo do meu riso. Sem jeito, pedi desculpas, mas admiti que achara engraçado o seu tombo. Confessei não perceber se tratar de uma encenação. Loureiro me perguntou: “Qual a motivação da graça em assistir ao tombo de outra pessoa?”. Ele acrescentou: “Não raro, quando sabemos que pessoas que nos magoaram, estão em um labirinto de dificuldades, no íntimo e sem nenhuma revelação, gostamos de acreditar que estão pagando a pena pelo mal que nos causaram. A justiça foi feita, dizemos para nós mesmos”. Sim, eu já tivera essa sensação algumas vezes sem me dar conta da sua verdadeira causa. Arrependido, fechei os olhos. Sim, embora em diferentes graus, existe resquícios de ódio manifestado em doses imperceptíveis de sadismo que ainda desconhecemos. Naquele momento, me dei conta que não apenas em relação aos tombos físicos, mas como as quedas intelectuais, emocionais e morais de outras pessoas podem sigilosamente nos divertir ou agradar. Nem sempre desejamos o mal de outras pessoas. Ou mesmo nunca, dirão muitos. Mas por qual razão, quando acontece, sentimos alguma satisfação sigilosa e sorrateira de prazer? Quanto mais eu me conhecia, mais em mim se mostrava desconhecido. Tudo aquilo que não quero na minha bagagem, precisa de correção em minhas rotas.
O dia amanhecia. A conversa estava rica. Eu queria falar e ouvir mais sobre intolerância e ódio. Esperei que Loureiro renovasse as canecas com café fresco. Antes que pudéssemos retomar os assuntos, entrou na oficina um dos sobrinhos do sapateiro. Trazia em seu semblante uma evidente revolta. Eu estivera com o rapaz em outras ocasiões. Lucas era o seu nome. Um jovem culto, gentil e articulado, expressava de modo objetivo as suas ideias e ideais. Tinha honesta vontade de mudar o mundo; era impossível não simpatizar com ele. Logo na entrada disse que precisava conversar com o tio. Falei que os deixaria à vontade. Lucas disse não precisar. Tratava-se de um assunto público; a minha participação também seria importante. Contou que na tarde do dia anterior, um grupo de extremistas assassinara alguns alunos na universidade na qual também estudava. O motivo era étnico. Tais estudantes eram oriundos de um país que passava por um momento político bastante tumultuado, com rigorosas medidas restritivas a outros países próximos. Os homicídios eram um aviso aos governantes de que tais decisões precisariam ser revertidas imediatamente. Lucas conhecia os estudantes assassinados; eram pessoas boas e mansas, sem nenhuma conexão com os políticos daquele país. Tinham sido punidos pelo simples fato de terem nascido lá; apenas queriam estudar e viver em paz. Esclareceu que, naquele momento, os terroristas estavam em um prédio cercado pela polícia e negociavam a rendição. Declarou que não poderia haver tolerância com comportamento daqueles assassinos. Nada tinha que ser negociado; nenhum julgamento teria valor educativo para indivíduos que se valem de tais práticas. Naquele instante, confessou que fazia parte de grupos formados nas redes sociais que pediam que as forças policiais executassem os homicidas. Tolerância zero para mal, frisou.
O sapateiro acomodou o sobrinho ao nosso lado. Ofereceu uma caneca de café. Tentei descontrair ao dizer que o café abre a mente e conforta o coração. Percebendo o acolhimento, o jovem se sentiu um pouco melhor, sorriu em agradecimento e aceitou uma caneca. Pedi para que se acalmasse. Lucas disse não saber como. Loureiro iniciou a explicação: “Desmanchando o ódio”. O rapaz perguntou se o tio não se dava conta do ódio e da estupidez que moviam aqueles terroristas. O sapateiro fez sim com cabeça e esclareceu: “Exatamente por isso. Não gostaria que a sua motivação fosse a mesma daquela que levou os assassinos à absurda barbárie. Não podemos permitir que o ódio e a estupidez também ditem as nossas escolhas. Seria a vitória das trevas. Nesses momentos, se faz indispensável resistir na luz”.
Lucas questionou se o tio não sentia nem um pingo de compaixão pelos rapazes mortos. Loureiro manteve a serenidade para que as suas razões pudessem ter acolhida: “Exatamente por existir compaixão, não posso permitir que o ódio assuma o comando das minhas ações. Compaixão é uma virtude, logo, uma valiosa maneira de amar. Desde quando o ódio foi um bom companheiro do amor? São incompatíveis por princípio”.
Esperou Lucas bebericar o café e disse ao sobrinho: “Sem nenhuma dúvida, temos de estancar o mal. De qualquer nível e modalidade. Contudo, a maneira como vamos nos opor ao mal define se encontraremos a genuína justiça. A ilusão de cessar com o mal destilando o nosso próprio ódio seria como tentar apagar o fogo com gasolina. Sobrará vingança, inexistirá justiça. Trata-se de uma desconstrução difícil, porém, necessária”.
O sobrinho questionou se o tio dizia que os terroristas deveriam ficar impunes. Loureiro esclareceu: “Não foi isto que eu disse. Tratar o erro, seja qual for, de maneira justa é trazer luz onde impera as trevas. Pela incapacidade que ódio provoca no pensar e como envenena o sentir, é impossível ser justo enquanto movido pelo ódio. Isto serve para todos os momentos da vida, desde as relações mais íntimas às atrocidades ocorridas no mundo. Pois, em diferentes escalas e graus, existe uma correlação quase imperceptível entre elas. Ser justo e sentir compaixão são iluminadas virtudes; movimentar-se por ódio é se envolver nas próprias sombras e se perder na escuridão. Não haverá qualquer luz na tentativa de compatibilizar tamanho antagonismo em uma mesma escolha”.
Olhou para o sobrinho com seriedade e lembrou: “As civilizações contemporâneas, em sua maioria, por intermédio de modernas legislações, já possuem mecanismos judiciais adequados para lidar com assassinos. Em razão das suas prisões mentais e emocionais, serão levados às penitenciárias de concreto para a devida contenção e, se houver reflexão e arrependimento sincero, deverá restar chance de regeneração. Esta é a principal diferença entre justiça e vingança. Enquanto a vingança brada por destruição e terra arrasada, a justiça oferece uma chance de desconstrução para posterior reconstrução; este princípio diferencia as sombras da luz. Todo malfeitor é uma espécie de vingador. Tanto aqueles que são intolerantes diante de insignificantes escolhas diversas das suas até os indivíduos que praticam os crimes mais hediondos, em sua maioria, todos se sentem injustiçados. Perdidos em si mesmo, acreditam, de maneira consciente ou não, que seus atos vingarão as suas dores. Ao reagir a este descompasso existencial, podemos nos aproximar ou nos afastar de igual movimento. Isto estabelece as fronteiras da humanidade em cada um de nós. Manifestações de ódio contra o ódio que moveu a prática do crime apenas servem para deturpar a lisura dos julgamentos, descaracterizando o aspecto educativo que precisa existir no conteúdo das sentenças. A punição, embora necessária pelo seu aspecto constritivo e reflexivo, precisa oferecer uma oportunidade regenerativa, que até pode restar desprezada pelo criminoso; contudo não pode deixar de existir. Do contrário, continuaremos como uma sociedade de vingadores que se vingam de outros vingadores. Uma trilha anunciada ao precipício”.
Bebeu um gole de café e ampliou o raciocínio: “O homicídio é o expoente máximo do ódio. Ninguém nasce assim, mas pode se tornar assim; a semente reside nas pequenas intolerâncias pessoais, quando me irrito com a maneira de o outro pensar, pelo simples fato de se opor à minha. Ainda temos dificuldade de lidar com as diferenças. Sentimos medo e inveja. Odiamos quando o espelho nos mostra algo que não queremos ver; odiamos a nossa impotência em lidar com o desconhecido ou com aquilo que não me considero capaz de interagir e conviver. Odiamos o desconforto, qualquer que seja. A semente é o ódio; ao menor descuido, o desconforto pode se tornar um solo fértil. Basta dar vazão ao menor ódio para despertar o monstro adormecido. Meu ódio, meu demônio. A força do meu ódio estabelece o poder das minhas sombras. Vale lembrar que a pecha do mal recaí não apenas sobre quem o pratica, mas também naqueles que se satisfazem, ainda que secretamente, em assistir ao tombo alheio. Infinitos são os formatos de queda”.
Embora contida, era nítida a irritação de Lucas com o olhar do tio sobre uma questão que acreditava residir a mais óbvia das razões. O rapaz questionou como saber se o jeito de ser e viver de uma pessoa não seria um mal cabível de algum tipo de intervenção. Loureiro explicou: “Enquanto as escolhas individuais não esbulharem o direito alheio; sem invadir o espaço sagrado dos outros, a liberdade há de ser plena. Todos temos as nossas dificuldades intrínsecas; enquanto ficarem no âmbito dos direitos individuais, há que se ter respeito. Não podemos justificar a intolerância sobre questões íntimas, se valendo de exemplos extremos da prática do mal, como em casos de terrorismo e assassinato, para validar nossas pequenas contrariedades e reprimir a liberdade de escolhas diferentes das nossas”.
O jovem citou Platão. O filósofo grego dizia que todo o indivíduo é um animal político, pois qualquer ação, de alguma maneira, tem reflexo na sociedade. O sapateiro esclareceu: “Sem dúvida, mas tal expressão precisa de limites para não se tornar abusiva. Do contrário, a intolerância crescerá a níveis insuportáveis. Tal entendimento jamais poderá ter o alcance de intervir na legítima liberdade de alguém sobre si próprio. Cabe a mim escolher o meu caminho. A contrapartida consiste em respeitar diferentes escolhas no mesmo âmbito, mas contrárias as minhas. Se estas me irritam, evidenciam algo ainda mal construído dentro de mim. Não adianta culpar ninguém”.
Loureiro tornou a esvaziar a caneca de café e lembrou: “Por milênios, o ódio tem sido uma das manifestações políticas mais comuns por intermédio de nossas pequenas interações interpessoais. A solução está em trazer o amor para o convívio intrapessoal”.
A irritação de Lucas escalou tons. Com aspereza na inflexão das palavras, indagou se o tio o desaconselhava a manifestar as suas insatisfações. O sapateiro tornou a corrigir: “Mais uma vez, não foi isso que eu disse. Você tem o direito de manifestar a sua verdade. Entretanto, a faça de maneira serena, clara e objetiva, amorosa para que seja respeitosa, até para que desobstrua a escuta dos seus interlocutores. Embora ninguém seja obrigado a lhe acompanhar. O ódio, por suas características de conflito e intolerância, é elemento fomentador de desentendimento e opressão. Em síntese, foi tão e somente isto que falei”.
Inconformado com a postura mansa, porém, firme de Loureiro, Lucas disse que se sentia ofendido pelo tio. Declarou-se um sujeito de formação libertária, democrática e pacífica, que apenas desejava viver em um mundo melhor. O sapateiro lembrou de uma lição básica: “Todos desejam um mundo melhor. Mas o querem construir obrigando os outros a se adequarem às suas ideias. Quando não conseguem, se irritam e, de algum jeito, encontram um jeito de punir essas pessoas. Você se declara ofendido quando nenhuma ofensa fiz; apenas ofereci o meu olhar sobre uma questão. Embora um olhar diferente do seu, é o meu olhar. O fiz de modo sereno e gentil; logo, no âmbito da minha liberdade de manifestá-lo sem qualquer reação coercitiva pela simples razão de ser dissonante. Se não interfiro em seus direitos, prosseguirei livremente na busca de quem eu sou. Sem intromissões desautorizadas”.
Então, concluiu: “Os banimentos promovidos por discursos de intolerância são práticas disfarçadas para isolar aqueles que se negam a concordar conosco. O nome disto, embora neguem, é vingança. Não percebem, mas se movem impulsionadas pelo ódio à contrariedade, ainda que pese os discursos confeccionados com belas palavras. O ódio não tem força de construção; apenas de destruição. É preciso amor para descontruir, não o mundo, porém, a si mesmo. Somente então iniciar uma moderna reconstrução sobre melhores fundamentos, como pilares de uma obra diferenciada. A evolução pessoal é o único método eficiente para genuinamente mudar o mundo; tudo mais são enganosas maneiras de oprimir muitos aos interesses e desejos de alguns. Esta é a minha crença”.
Contendo a irritação, Lucas agradeceu a conversa e o café. Alegou um compromisso, se despediu e foi embora. A sós comigo, Loureiro comentou: “Tudo no mundo tem polaridade neutra. A maneira como usamos cada coisa estabelece o seu aspecto positivo ou negativo. As redes sociais são maravilhosas ferramentas para aproximar as pessoas, quando utilizadas para aprimorar as relações. Todavia, de outra face, vêm substituindo os denominados movimentos populares de outrora, que como todas as coisas, também pode ter um bom ou mau uso. Desviado de suas intenções nobres, a pretexto de garantir supostas vantagens, diante de ameaças habilmente manipuladas, estimulam o medo e nos amarram através do ódio. Assim, reprimem o amor e furtam a liberdade. Deslocado e alijado em rótulos vexaminosos, quando enfraquecido, perco o melhor de mim”.
Terminei o café em silêncio. Era preciso alocar aquelas ideias. Sim, algumas das minhas reações eram meras vinganças ainda imperceptíveis para mim; existia um ódio oculto que carecia de desconstrução. Sempre haverá uma reconstrução à espera. Estava na hora do meu trem. Seria uma longa viagem até em casa.
8 comments
Espetacular. Uma aula sobre a distancia entre o odio e o amor.
Gratidão profunda e sem fim, sem fim…
Gratidão 🙏
Que texto lindo
Uma analogia do momento atual.
Gostei valeu a pena ler e agora é tentar absorver ao menos um pouco do que foi refletido.
Gratidão!
Palavras de extrema sabedoria e extrema beleza. Estou perplexo. O dia de hoje valeu a pena ser vivido apenas por ter encontrado esse texto maravilhoso. Gratidão eterna.