MANUSCRITOS VII

Identidade, uma busca necessária

Solitário, eu caminhava pelas ruas estreitas e tortas da pequenina cidade localizada no sopé da montanha que abriga o mosteiro. Seria mais um período de estudos. Como de costume, desembarquei na estação de trem no alto da madrugada. A cidade adormecia. Uma chuva tênue, associada à luz fugidia dos lampiões antigos de ferro fundido, refletia a minha imagem nas poças que se formavam no calçamento irregular de pedras seculares desgastadas pelo tempo no passar do tempo. Assim como eu, pensei ao me mirar em dos espelhos d’água. Não restara mais um único fio preto na barba branca; os cabelos haviam desparecido quase por completo; rugas crescentes, as quais eu adorava por acreditar que simbolizavam um sem-número de lutas travadas, tanto dentro quanto fora de mim. Só venci aquelas que consegui derrotar a mim mesmo; as demais serviram apenas para me ensinar quem eu não era. Nunca venci ninguém; em verdade, ninguém vence. Eu era o meu maior adversário, mas também o melhor amigo e insubstituível aliado. Lembrei da fotografia da primeira carteira de identidade, ao dezessete anos de idade, necessária ao ingresso na universidade, ainda guardada no fundo de uma gaveta qualquer. O rosto imberbe, os cabelos negros e compridos; a pele lisa como a casca de um pêssego verde e intocado nas palavras de uma avó doce e cuidadosa. No confronto desses dois espelhos fornecidos pelo tempo, da fotografia em preto e branco com a imagem formada pela água da chuva, havia uma jornada de muitos erros e nem tantos aprendizados. Com a licença do admirável alquimista lisboeta, errar é preciso. Somente eles, os erros, foram capazes de ensinar o que eu acreditava saber, mas estava distante de conhecer. O que já existia de verdadeiro naquele jovem da fotografia que ainda se podia ver no reflexo da poça? Quais enganos ainda resistiam? Quais características e atributos se apresentaram? O que deixou de existir? Quem eu fui tem pouca importância sobre quem sou, servindo apenas para sinalizar uma trajetória de dificílimas transformações interiores. Amo aqueles que têm rugas. E quase nenhuma rusga.

Esses foram os pensamentos expostos ao Loureiro, o sapateiro amante dos livros de filosofia e dos vinhos tintos, assim que colocou duas canecas fumegantes de café sobre o balcão de madeira da pequena e charmosa oficina, cujo funcionamento se tornara famoso pelos seus horários inusitados e improváveis, onde costurava bolsas e ideias com a mesma mestria. Ele comentou: “Ninguém é igual a ninguém. Cada qual é único. Nisto reside a beleza singular de cada pessoa. Se quisermos nos tornar cópia de alguém, enfeiaremos. Contudo, tamanha beleza apenas floresce na medida que o indivíduo descobre, encontra e conquista a própria identidade, características ímpares com que se relaciona consigo e com o mundo. Assim como a cultura se desenha através do ser e viver de um povo, a identidade se revela no jeito de pensar, sentir e agir de uma pessoa. Em suma, a maneira como lida com as emoções, reconhece as verdades, admite os erros, enfrenta as dificuldades, as virtudes que agrega ao comportamento, flui através das suas relações, se responsabiliza tanto pelas escolhas que faz quanto por aquelas que deixa escapar, embora forme uma imagem invisível a olhos apressados, distraídos ou imaturos, mostra uma fotografia real e sem-par”.

Perguntei quais movimentos nos aproximam da nossa autêntica identidade, assim como os que nos afastam dela. O sapateiro se calou por alguns instantes, como se viajasse para resgatar uma lembrança longínqua como método de melhor explicar a teoria. Os exemplos têm esse poder. Franziu as sobrancelhas e começou a narrar: “Eu nunca tinha sido feliz no amor; os motivos eram fartos. Até que ao completar trinta anos, me apaixonei pela Marie, uma linda e alegre moça da mesma idade. Adorava estar ao lado dela. Tínhamos interesses pelos mesmos assuntos, um gosto musical em comum, conversávamos sobre livros e filmes. Ela se interessava pelos meus problemas e se mostrava disposta em me ajudar. Era atenciosa e carinhosa. O melhor é que nos divertíamos e ríamos muito juntos. Fiquei maravilhado. Eu a achava perfeita. Ou quase. A Marie não gostava de ser contrariada ou lidar com os próprios erros. Ficava profundamente irritada. Por vezes, quando isso acontecia, desaparecia por alguns dias. Mas era tantas coisas boas que ela me oferecia, muitas nunca vividas por mim, ao menos naquela intensidade, que acreditei não valer a pena enfrentar o problema. A solução era fácil. Bastava que eu não tocasse nas questões que a chateavam. Nem me opusesse sobre os assuntos nos quais ela não admitia controvérsia. Não custava nada. No mais, a vida era só felicidade”.

Confessei-me curioso para saber sobre o andamento da história. Loureiro me olhou com resignação e explicou: “Eu queria desesperadamente ficar ao lado daquela mulher. Os momentos e as sensações que ela me oferecia, ninguém mais seria capaz. Marie se tornara a razão da minha vida. A mera ideia de a perder me desesperava. Caso ela fosse embora, só restaria o vazio de antes. Então, a vida seria impossível”. Bebeu um gole de café e continuou: “Sem me dar conta, perdi a coragem de discordar, argumentar, me colocar; enfim, de ser quem eu era. As suas vontades e desejos eram também os meus; eu não mais os possuía. Desrespeitei-me por livre escolha. Aos poucos me distanciei da minha essência. A minha luz se apagou por completo; passei a ver somente o mundo que ela me mostrava. Mais grave, passei a me ver através dos seus olhos; as suas opiniões e interesses também se tornaram meus. Passei a ser quem ela gostaria que eu fosse. Foi como se eu passasse uma borracha para apagar todo e qualquer traço da minha identidade. Fantasiei o passado, contando situações que nunca havia vivido para ficar mais próximo ao gosto dela. Deixei de dizer não para a Marie. Quando ela desaparecia sem dar qualquer satisfação, a ansiedade me consumia, porém, eu jamais questionava o motivo; a Marie não gostava. Para me enganar, eu me orgulhava de viver um relacionamento sem brigas. Enfeiava e enfraquecia a cada dia, mas acreditava que não havia uma vida melhor”.

Comentei que relações sem limites se tornam abusivas. Loureiro concordou: “Sem dúvida. No entanto, vale ressaltar que ela não me obrigava a nada; tampouco fazia qualquer coisa de errado; ela vivia como sabia. O meu problema não era a Marie. Cabia a mim estabelecer os meus próprios limites. Compreender as situações que podem ser flexibilizadas, as inegociáveis e aquelas que geram transformações pelo aprendizado que disponibilizam. Eu queria tanto fazer parte da vida da Marie que, sem perceber, me mostrei disposto a abdicar do protagonismo da minha vida. Ser coadjuvante daquela mulher me bastava, ainda que participando de cenas cada vez menores. O pertencimento traz a sensação de segurança; por isto tantas pessoas anseiam por fazer parte de determinados grupos sociais ou profissionais, mudam o comportamento e, por consequência, rasgam a identidade para se encaixar onde não cabem. Não se perguntam o que estão perdendo de si mesmo, tampouco se o que recebem em troca vale a pena por desistirem de quem genuinamente são. Desaparecem. Renunciar às características formadoras da individualidade é um jeito de deixar de existir sem se dar conta disto. Invertem o processo por acreditar que pertencer a um grupo permite acesso a uma identidade. Ledo engano. Mas se iludem que somente assim se sentirão bem e confortáveis em suas vidas. Somente a experiência de pertencer a si mesmo, de descobrir, encontrar e conquistar a verdadeira identidade fará com que se sinta seguro, pela força e equilíbrio que advém do encaixe do ser com o viver, se movendo ao gosto dos seus sabores, em um jeito simples e único de se respeitar e amar. Os conflitos internos tendem a diminuir até desparecerem por completo; os externos se mostram cada vez mais desnecessários. Passamos a compreender com clareza o que é nosso e o que pertence aos outros; não me refiro apenas às questões materiais, mas as emocionais e existenciais. A identidade cria um autêntico escudo de proteção; quando sabemos quem realmente somos, ninguém consegue nos arrancar do nosso eixo de luz. Não importa o que digam ou façam, jamais nos atingirão; seguimos em frente com suavidade e leveza”.

Confessei-me curioso pelo desfecho do relacionamento com a Marie. Loureiro sorriu e disse: “Teve o fim que eu merecia. Ela terminou comigo”. Comentei que não devemos nos maltratar quando algo acontece de maneira indesejada. O sapateiro disse sim com a cabeça e esclareceu: “Temos sempre que nos tratar com doçura e meiguice, afinal, amar a si próprio é pressuposto indispensável para amar os outros. Contudo, não podemos dispensar as lições oferecidas pela vida; senão, a experiência restará desperdiçada. Cada qual é responsável pelos próprios sentimentos. Não sofro pelo que alguém me fez, em verdade, sofro por existir algo ainda incompreendido por mim em mim. Temos de esquecer essa ideia de compreender por qual motivo alguém nos surpreendeu com atitudes ásperas ou indesejadas; é perda de tempo. Cada indivíduo é um universo complexo de emoções incompreendidas. Temos enorme dificuldade em perceber as pontes que ligam nossos pensamentos aos sentimentos que os estimulam e constroem; acreditar que decodificaremos esses mistérios nos mundos desconhecidos de outras pessoas é uma pretensão sem tamanho. Raramente conseguimos; sofremos por viver baseado em enganos, suposições e expectativas. É esta imaturidade que faz com que as acontecimentos do mundo atuem como tempestades para a alma. A autocompreensão associada a virtudes como humildade, paciência e compaixão, bastam. O conhecimento sobre si mesmo conduz à formação da identidade, o passaporte para o usufruto das autênticas maravilhas da vida”.

Em seguida, voltou ao relacionamento com a Marie: “Ela se desinteressou por quem eu me tornei. Não sem razão. Virei um ninguém. A Marie não queria namorar um robô teleguiado; desejava alguém disposto a crescer ao seu lado. Ela tinha suas posições sobre todas as coisas e tinha direito a isto. Eu também. Cabia a mim expor as minhas opiniões de maneira clara, objetiva e tranquila; podíamos argumentar sem a necessidade de um concordar com o outro e mesmo assim tudo ficar bem. Ainda que ela se irritasse com qualquer colocação que eu fizesse, o descontrole dela não poderia ter o poder de me anular; a impaciência e a intolerância à contrariedade eram questões emocionais dela que precisavam ser trabalhadas internamente por ela. Preferi ignorar o problema na tentativa de o evitar. Afinal, não custava nada. O preço foi alto. Na sequência e acúmulo de situações, ao fingir que o problema não existia, perdi toda e qualquer noção de individualidade. Um enfrentamento que poderia ter acontecido sem conflitos se eu tivesse a lucidez para me posicionar de maneira serena e firme. No entanto, o medo de a perder me fez ir ao seu encontro de modo a fugir de mim mesmo. Eu me tornei incapaz de ser o cocriador de uma relação com a Marie; não que não pudesse, mas por ter abandonado e, depois, esquecido de quem eu era. Eu rasguei a minha identidade, não ela. A dependência emocional nos leva à anulação da identidade, que se apaga quando descaracteriza o indivíduo por inteiro, como aconteceu comigo”.

Deu de ombros e concluiu: “A identidade é uma das conquistas do amadurecimento”. Falei que, se perguntadas, quase todas as pessoas responderão saber quem são. Loureiro esclareceu: “Sabem tudo sobre si mesmo em questões superficiais ou em situações que não envolvem riscos. O tipo de música que preferem, se gostam de ir à praia, as roupas que usam, o corte de cabelo que rejuvenesce, o time de futebol que torcem, se bebem cerveja ou vinho, a série ou filme predileto, a igreja que frequentam. Nada ou pouco conhecem sobre a origem dos sentimentos que amiúdam o livre pensar, os verdadeiros motivos das suas impaciências, irritações e intolerâncias; sobre as dificuldades de desmancharem as mágoas e perdoar; a raiz dos medos; a razão de falarem sim quando o coração diz não. Nem mesmo a real razão de terem feito muitas das escolhas que fazem ou fizeram, mesmo aquelas angulares, que mudaram o rumo das suas existências. Não entendem a profundidade de estarem decidindo por isto ou aquilo, tampouco as fraturas e abalos que, por consequência, os atingirão na essência. Na manhã de um dia qualquer, quando procurarem por si não encontrarão ninguém. Não é de se estranhar a pandemia planetária de ansiosos e deprimidos. Têm dificuldade de entender que, nos descuidos das relações, desistiram de ser quem verdadeiramente são. Limitam-se a acreditar que o inferno são os outros, esquecendo que somos os outros dos outros. Ao transferir a responsabilidade do que sentimos, passamos a viver por razões que nunca existiram. Ideias que nunca nos pertenceram são aceitas como se fossem nossas e, ao nos deixar levar por elas, somos movidos por fluxos e mecanismos desconhecidos. Então, já não somos nós. Sem identidade perdemos a capacidade de nos reconhecer. Procuramos do lado fora o que só existe dentro. O mundo parece sufocar a alma. Não há como falar em identidade ao se viver assim. O mundo não é inimigo da alma, porém, fonte essencial de experiências a serem convertidas em prol da própria evolução. A construção da identidade faz o indivíduo encontrar um lugar seguro para viver bem em si, descontruindo toda e qualquer dependência pelas reações alheias e acontecimentos externos. As pessoas são como são; acreditar que a vida só será boa quando as pessoas mudarem ou nos derem razão mostra um claro sinal de imaturidade. Lembre-se, somos únicos; moldar alguém ao nosso gosto é exercício de usurpação e fuga. As relações, quando não forem aprazíveis, também não precisam se tornar conflituosas; servem como conteúdo de elaborações indispensáveis ao aperfeiçoamento pessoal. À medida que nos compreendemos, a identidade se revela. Todos os dias são perfeitos a isso”.

Perguntei o que fazer para nos aproximar da nossa identidade. Loureiro passou a mão para ajeitar os seus fartos cabelos brancos e explicou: “Preste atenção nas suas reações e escolhas. Elas funcionam como uma tomografia da alma, indicando as partes saudáveis e as que precisam de tratamento. Todos aparentam pouco ou muito do que não são. Em menor ou menor grau, agimos por aprovação, permissão, pertencimento e interesses que ficaríamos constrangidos em confessar. Por isto, repito, preste atenção. Comece a identificar os movimentos que o aproximam ou o afastam da sua essência. Questione-se a verdadeira razão de cada um deles; não menospreze aqueles que aparentemente pareçam banais; sem exceção, todos os movimentos são reveladores. Não raro, menos é mais. Aqueles que julgamos menores ou insignificantes podem indicar aspectos que nos travam e impedem as mudanças necessárias, pois, são escolhas realizadas no modo automático, ou seja, movidas pelos condicionamentos ainda não questionados e reelaborados; neles pode haver muito de quem não somos ou de quem somos, mas desconhecemos.  Seja sincero e tenha coragem. À medida que aperfeiçoar e se sentir à vontade com esse exercício, reconhecerá como equivocadas algumas atitudes em lapso de tempo cada vez mais curto; algumas, logo após acontecer. Até que chegará o momento em que começará as identificar antes mesmo de as praticar. Dirá para si: eu não sou esse; se algum dia fui, não mais serei daqui por diante. Significa o início da conquista da identidade”. Franziu as sobrancelhas e alertou: “Contudo, saiba que se pegará na prática recorrente de equívocos; vícios comportamentais são difíceis de serem reconhecidos e admitidos; as suas desconstruções nem sempre são fáceis. O pior que você pode fazer é se maltratar por isso. Seja meigo e paciente consigo, estamos todos em aprendizado e transformação. É mesmo complicado deixar de ser quem fomos por tanto tempo. O reverso disto, mas igualmente ruim, é a fuga do erro. Ou seja, a tentativa de se convencer que comportamentos escusos e incompletudes fazem parte da sua melhor identidade. Seja doce, mas jamais esqueça do compromisso com a sua evolução pessoal. Faça a vida valer a pena; faça bom uso de todos os momentos”.

Ele tinha falado em melhor identidade. Pedi para que explicasse melhor. Loureiro esclareceu: “A identidade não é estática, como se fosse um modelo ideal e definitivo; ela possui um dinamismo próprio ao aperfeiçoamento do indivíduo. A identidade é uma construção. É como erguer uma casa que, embora simples a princípio, seja um lugar seguro e aprazível para morar. Saber quem sou finca os alicerces que a manterão inabaláveis. Aos poucos, o morador entende e cria as condições para realizar as melhorias. As obras não têm fim. As paredes ficam robustas, os telhados mais firmes, os móveis mais confortáveis, as paredes ganham cores alegres e flores são cultivadas no jardim”. Esvaziou a caneca de café e salientou: “Enganar-me que sei quem sou se assemelha a montagem de uma casa de papel; ao contrário do que se acredita, quem as derruba não são as ventanias, mas as incompreensões e o desconhecimento sobre si mesmo”.

Olhei no relógio, estava quase na hora de ir para o mosteiro. Antes de partir, eu queria saber como o Loureiro ficou após o término do namoro. O sapateiro arqueou os lábios em singelo sorriso, como quem rememora uma antiga e difícil batalha repleta de ensinamentos, e confessou: “Com aquele ato a Marie me salvou de mim mesmo. Sem perceber, eu tinha desistido de ser quem eu era como maneira de viver ao lado dela. Nada mais insensato. Eu havia perdido a confiança na minha capacidade de me autodeterminar, deixei de acreditar na minha beleza. Tornei-me um sujeito desinteressante, pois, ao apagar a minha identidade, deixei de existir. Assim acontece com as pessoas que se distanciam da própria essência”. Colocou mais um pouco de café em nossas canecas e concluiu: “Fiquei péssimo nos primeiros dias, mas foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. As pessoas podem chegar e partir a qualquer momento. Muitas vezes é você quem precisa ir, embora o outro deseje que fique. Tenho meu tempo e minhas asas. Todos têm. Entendi que, em verdade, eu sempre teria a mim mesmo para todo sempre. Foi neste momento que compreendi o conceito da identidade como alicerce existencial. Então, era preciso entender e construir esse indivíduo. Quando a beleza floresce, a vida cresce”. Sem dizer palavra, desviou o olhar para a fotografia de uma mulher em um porta-retrato. Era Anne, sua esposa. Tinham se conhecido muito tempo depois da história com a Marie. Estavam juntos havia muitos anos; formavam o casal mais incrível que eu conhecera. O Loureiro era o Loureiro; a Anne era a Anne. Eram bem diferentes em vários aspectos, mas se respeitavam e admiravam essa riqueza. Esses olhares divergentes convergiam para um mesmo ponto, o amor. Isso bastava.

6 comments

SCHWEITZER novembro 13, 2023 at 10:32 pm

Q estória linda amei.

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Maangoba novembro 17, 2023 at 6:19 pm

gratidão

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Renan novembro 19, 2023 at 1:51 am

Como sempre… bailando com as palavras e produzindo belíssimas obras de arte. Parabéns Yoskhaz.

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Ricardo Luiz Sanabria Romero novembro 26, 2023 at 1:58 am

Muito bem escrito, transborda sabedoria.

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Terumi janeiro 16, 2024 at 1:08 am

Gratidão 🙏

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Rhodolfo Diniz fevereiro 6, 2024 at 5:26 pm

Gratidão! 🙏😁

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