TAO TE CHING

TAO TE CHING, o romance (Vigésimo limiar – Onde não há um senhor, existe um escravo)

Eu estava em uma cidade medieval. Havia habitações dos dois lados da enorme muralha de defesa. O comércio, assim como as melhores casas, todas amontoadas em ruelas estreitas e sinuosas, ficavam do lado de dentro da fortaleza, onde ao centro, no alto de um pequeno morro, se situava o castelo. Na movimentada praça, algumas pessoas aguardavam a vez para pegar água na fonte de pedras. Chamou-me atenção a forca e o cadafalso como símbolos das leis e da ordem. Guardas circulavam entre a multidão, em movimento intenso para entrar e sair da cidadela. As pessoas negociavam alimentos, utensílios ou pleiteavam reivindicação junto à Corte. Eu observava, curioso para encontrar algo que desse sentido a minha presença naquele lugar. De repente, um enorme alvoroço. Correria e espanto. Muitas pessoas gritavam ao mesmo tempo. Encostei-me em uma parede sem saber o que fazer. Sem muita demora, um grupo de guardas passou com um homem maltrapilho amarrado. A multidão o ofendeu. Cuspiram e atiraram dejetos no infeliz. A fúria do povo transbordava. Uma mulher, bastante exaltada, pediu para que o acusado fosse levado imediatamente à forca. Um dos guardas explicou que seria preciso aguardar o julgamento; somente o rei poderá definir o destino dele. A pessoas começam a se juntar na praça a espera do enforcamento iminente. Ninguém parecia ter qualquer dúvida sobre qual seria a sentença. Entendi que ali os julgamentos não apenas eram rápidos, mas também sumários. Voltei a andar pelas ruelas da cidade. 

Mais adiante, tive a atenção desviada para uma mulher alta e magra, de pele morena, longos cabelos negros presos em rabo de cavalo. Não era jovem, mas havia uma estranha beleza em seu rosto. Os olhos azuis, da cor de lápis-lazúli, irradiavam uma indescritível serenidade. O tumulto que acontecia na cidade se mostrava incapaz de furtar a sua tranquilidade. Em uma pequena banca, um senhorzinho de idade avançada juntou algumas ervas escolhidas pela mulher e as entregou em um embrulho. Ao me aproximar, ouvi o alerta dito em sussurro: “Vá embora daqui. Há muita inquietação. Logo começarão a queimar as bruxas”. Sem se abalar, a mulher comentou: “Eu uso as ervas para curar as pessoas. Nada faço que ofenda a crença de ninguém. Apesar das críticas, sempre que precisam, batem à minha porta”. O ancião tentou justificar o seu receio: “Quando o enforcamento não mais entreter o povo, significa que a escuridão precisará se alimentar de outras iguarias; sem demora, encontrarão motivos para acender as fogueiras da intolerância. As diferenças incomodam porque são vistas como ameaças por aqueles que não as compreendem”. Despediram-se com um aceno sutil e ela se esgueirou no meio da multidão. 

Fui ao seu encalço. A mulher, mesmo sem correr, se movia com agilidade por entre as pessoas. Segui os seus passos até que a perdi de vista. Já tinha desistido de a encontrar, quando alguém me puxou pelo braço para um desvão entre duas moradias. Era ela. Em seus olhos havia uma mistura de firmeza e doçura. A mulher me perguntou: “O que você quer comigo?”. Expliquei que não sabia. Eu estava sendo honesto. Confessei que tinha me chamado atenção o fato de ela ter ficado alheia ao crime praticado, mesmo diante da fúria da multidão. Ela deu de ombros e disse como se falasse o óbvio: “Os peixes seguem o fluxo do rio porque não têm escolhas”. Olhou para os lados para se certificar que ninguém nos ouvia e acrescentou: “As escolhas são um direito e um poder. Faz-se necessário entender a amplitude e a profundidade do alcance transformador que possuem. Elas estabelecem o grau de liberdade já alcançado”.

Perguntei como se fazia isso. Ela explicou: “Aprenda pelo abandono; as inquietações desparecerão”. Falei que não tinha entendido. A mulher esmiuçou a ideia: “Quase todos aqui são prisioneiros. O povo, os guardas, os nobres e o rei. Vivem em celas diferentes daquele pobre infeliz que não escapará da forca”. Pedi para que explicasse melhor. Ela foi atenciosa: “Há que se ter cuidado com aquilo que acreditamos; há que se ter parcimônia com aquilo que guardamos. Coisas e ideias são cárceres cruéis. Podem aprisionar mais do que as grades de ferro de uma prisão. Ainda mais grave, muitos se consideram livres quando, em verdade, não conseguem viver além dos seus apegos tolos, de vícios materiais e existenciais, de raciocínios falaciosos que tecem para negar a verdade indesejável. Tolos prisioneiros, serão enforcados; não pela forca, mas pelo vazio dos dias”.

A mulher esclareceu: “O enforcamento é a diversão semanal. Todos os domingos algum infeliz é julgado, condenado e enforcado em praça pública. A multidão delira. Não compreende o alcance do mal. Todos os dias as pessoas permitem que as suas vidas se esgotem pelos vãos do tempo. A escuridão se espraia”. Perguntei como fazer para escapar desse labirinto existencial. A bruxa se calou com a aproximação de algumas pessoas que seguiam rumo à praça. Depois que passaram, ela prosseguiu: “Existe um método adequado para cada indivíduo ou situação. Agrada-me o aprendizado quando ocorre no exercício do desapego. Quando falo em desapego, não me refiro somente aos bens materiais. Há muitas questões intrínsecas, nos armários da razão e nas gavetas das emoções que precisam de uma boa arrumação. Mágoas, frustações, raciocínios tortuosos, vícios no pensar e falsas verdades são alguns desses objetos. São elementos que reduzem a percepção e a sensibilidade. Alguns habitam há tanto tempo dentro das pessoas que é como se fizessem parte delas. Terminam por ter a vida enforcada pelas oportunidades a que se negaram”.

Ela prosseguiu: “Trata-se de um cárcere construído por conceitos obsoletos repetidos através de gerações e, também, pelas emoções densas e aviltantes, que por nos fazerem companhia por tanto tempo, as consideramos normais”. Tornou a pausar para que mais algumas pessoas passassem e pontuou: “Sem propor as exatas equações ficaremos sem as soluções que nos movimentam diante das encruzilhadas do Caminho. Faremos tudo igual, manteremos as escolhas que não são nossas, repetiremos os padrões de comportamento que não criamos, viveremos pelos mesmos interesses mesquinhos, desejos vis e privilégios de poder. A verdade não interessa pelo desconforto que causa. No entanto, sem irmos à sua busca, nunca aprenderemos a escolher de verdade; jamais saberemos quem somos. Não sairemos do lugar. Ao impedir um novo jeito de olhar, estrangulamos a vida, desconheceremos a genuína liberdade”. 

A mulher prosseguiu: “Eu preciso disso?É uma das perguntas essenciais. Imprescindível para fortalecer a essência de quem sou, tudo mais é o básico para uma sobrevivência saudável. Em realidade, o suficiente basta. Todo conforto é bem-vindo, mas não é essencial. “Esse é o melhor comportamento diante dessa situação?Eis outro dos questionamentos angulares. O automatismo das escolhas é um grave impedimento à liberdade. Entender o fundamento que move cada gesto define a jornada do indivíduo livre. Aperfeiçoar as escolhas é a evolução à autêntica liberdade. Para tanto, não se faz necessário dinheiro, terras, tropas e honrarias”.

Perguntei se era errado ter terras e dinheiro. A mulher explicou: “Claro que não. Se chegarem de maneira honesta e legítima, merecem o devido desfrute. Contudo, não são essas as prioridades. Entenda que trarão conforto e facilidades, mas não garantirão a dignidade, a paz nem a felicidade. Tampouco o amor e a liberdade. Então, pensaremos que ainda não temos o melhor da vida porque o dinheiro é pouco e as terras são pequenas. Vamos em busca de mais e, depois, de ainda mais; a vida se esgotará antes de provarmos do seu mel. Tornar-se uma pessoa diferente e melhor a cada dia, repletas em virtudes e sem negociar com a verdade íntima, retira as inquietações dos dias, preenchendo-os com ânimo, suavidade e alegria. São fontes legítimas de força e equilíbrio. Sem contar a leveza que traz, pois se trata de uma riqueza à prova de roubos e furtos, deterioração e perdas, guerras e invasões”. 

Lembrei a ela que um crime tinha sido praticado. Argumentei que o mal precisa ser estancado; para tanto, uma sentença serviria para trazer harmonia social e apaziguar os ânimos. Todos precisam de paz para viver. A mulher me perguntou qual o delito que aquele homem praticara. Respondi que não sabia. Quis saber se eu tinha ouvido algum comentário sobre o assunto quando estava no meio da multidão. Foi quando me dei conta que ninguém se importava com o crime; todos sentiam prazer pela condenação. Isto fazia da fúria uma absurda, porém real, euforia; a desgraça alheia era comemorada pela multidão. Acreditavam meramente que se tratava de um homem mau; a verdade não tinha valor nem importância. A bruxa indagou: “Qual a diferença entre o sim e o não? Qual a distância entre o bem e o mal?”. Respondi que a diferença entre o sim e o não era a minha verdade. Tudo aquilo que estivesse alinhado à minha verdade, teria o meu sim; do contrário, o meu não. A distância entre o bem e o mal seria a minha coragem de ser coerente com a verdade no limite que eu já alcançara. A mulher balançou a cabeça e disse: “Está correto, mas o ponto central me parece que não foi entendido. A resposta se resume em uma única palavra e é a mesma para ambas as perguntas”. Confessei que não sabia. A mulher revelou: “Você”.

“Você sempre será a diferença entre o bem e o mal. A distância entre o sim e o não também será estabelecida por você”, e prosseguiu: “Isto sinaliza o quanto você é senhor de si ou escravo da sua ignorância e dos seus medos”. 

Questionei quais fatores mantinham uma pessoa nesse peculiar regime de escravidão. Indaguei se ela se referia às leis que cerceavam direitos e a regimes políticos opressores. A mulher disse não com a cabeça e esclareceu: “Leis e política tratam de importantes assuntos sociais. Falo de questões mais profundas”. Em seguida, fez uma pergunta: “Por que tantos medos?”. Falei que o mundo, por vezes, é assustador. A bruxa repetiu o gesto com a cabeça e explicou: “A vida está repleta de armadilhas, mas os medos pertencem ao indivíduo. Cada um com os seus. Brotam da ignorância que cada pessoa tem sobre si mesmo e as infinitas possibilidades permitidas na simples mudança de um olhar. O medo é um capataz a serviço das sombras. Desmanche-os ou será devorado. Onde não há um senhor, existe um escravo”. Piscou um olho como quem conta um segredo e fez uma pergunta que não precisava de resposta: “A liberdade floresce no pensar. Se o medo impede a melhor escolha, ele o domina; então, quem é o senhor e quem é o escravo?”.

“O medo é fruto da ignorância. Ao contrário do que muitos acreditam, a ignorância não é o mero desconhecimento sobre um determinado assunto. A ignorância se manifesta quando acredito ter certeza sobre aquilo que não sei. Então, me torno prisioneiro dos meus parcos limites. Haverá escolhas que simplesmente não existirão para mim”.

Fiz sim com a cabeça. Eu entendia e concordava com ela. A bruxa continuou: “Quem está dominado pelo medo não se pertence. Movido pela ignorância, o medo impede a liberdade de escolhas por reprimir o livre-pensar. Com medo, vendemos a própria dignidade, a felicidade se torna uma ficção. O medo faz o amor murchar. Não existe paz onde há medo. Um bom governante pode manter a ordem pública por intermédio de sentenças, leis e decretos; jamais a paz. A paz é uma conquista da alma que superou todos os seus medos. Por mais poderoso que seja, nenhum rei poderá lhe dar aquilo que apenas você será capaz de alcançar”. 

Fez uma pausa para concluir: “Envolvido pelo medo, o amor se apequena; a felicidade ficará inacessível. A escolha orientada pelo medo é a negação da dignidade, sem a qual não existirá nenhuma liberdade”.

Admiti que o pensamento era desconcertante. No entanto, sentia uma falta de conexão daquela ideia com a reação do povo ocorrida havia pouco. A mulher esclareceu: “Ir ao encontro de si mesmo ainda é uma busca difícil para muitos. Fica mais fácil construir a própria imagem a partir da demolição da imagem alheia. Como não consigo ir além de quem sou, para acreditar que sou uma pessoa boa, uso o método inverso: demonizo os outros. Cada vez em maior quantidade e com mais facilidade. Ao me deparar com tanta gente supostamente ruim, começo a crer que sou uma boa pessoa. Uma lógica triste”. Fez um gesto de resignação e disse: “No entanto, ninguém conseguirá construir a sua verdadeira imagem através da destruição da imagem dos outros. Faz indispensável enfrentar a si mesmo para, mais à frente, encontrar consigo próprio. Não se consegue isso sem questionar a verdadeira razão de cada escolha em todos os momentos do dia. Então, retornamos ao que conversávamos há pouco sobre os autoquestionamentos. Sem entender as perguntas, me esgoto e não caminho.

Eu não disse palavra. A mulher pediu que saíssemos dali. Sugeriu que fôssemos para a sua casa. Era uma modesta habitação, de um único cômodo, do lado de fora da muralha, na parte mais pobre da cidade. Por dentro, tudo muito limpo e arrumado. Ofereceu-me uma xícara de chá. Aceitei. Em um pequeno caldeirão, colocou um punhado de ervas em infusão. Havia somente uma cadeira, a qual me acomodei, ao lado de uma pequena mesa que servia para trabalho e refeição. Ela se sentou na cama. Enquanto, aguardávamos, comentei que ela era bem diferente da maioria das pessoas daquela cidade. A mulher deu de ombros e pontuou: “Você diz isso porquetodos estão em festa, apenas eu vagueio solitária?”. Confirmei. Ela arqueou os lábios em leve sorriso e explicou: “Não preciso aderir às práticas da multidão em busca de identificação, tampouco para ter a sensação de que pertenço a um lugar. Não raro, fico deslocada, à margem das festas. O povo comemora hoje a vitória da escuridão. Não vejo motivo para eu dançar e cantar com os demais. Amo conviver com as pessoas; é causa de alegria e oportunidade para minha evolução, pois sempre há ocasiões e dificuldades para que eu possa ir além de quem sou, de deixar florescer alguma virtude ainda em semente. Não obstante, há momentos em que eu prefira a quietude e a solidão”. Perguntei se não era triste viver só. A mulher respondeu: “Triste é ser vazia. Para que nunca aconteça, basta a coerência com a verdade no limite que a conheço, o exercício constante das virtudes já adquiridas e a busca incessante por aquelas que ainda não conquistei. Há muito conteúdo em dias vividos desta maneira. Ninguém vive sozinho quando semeia amor por onde passa”. 

Perguntei se ela se sentia uma estranha na multidão. A bruxa disse que não e esclareceu: “Não foi isso que eu quis dizer. Sou parte do povo, mas sou do meu jeito. Percebo que muitos têm respostas; eu estou repleta de perguntas. De nada adianta todas as respostas quando se ignora a pergunta certa. Certezas vazias não iluminam a verdade. Muitos têm muito; eu nada possuo. Quanto mais apego se tem as riquezas do mundo, mais distante fico de quem eu sou, mais difícil se torna a busca da verdade. Muitos brilham; eu pareço invisível. As sombras, como o orgulho e a vaidade, têm um brilho espetaculoso e esfuziante, as virtudes, como a humildade e a compaixão, possuem uma luz sutil e discreta”. Enquanto colocava o chá na caneca, acrescentou: “Muitos possuem planos sofisticadosnessa aventura de ilusão e grandeza, atrás das tão desejadas fama e fortuna; eu tenho sonhos toscos, me contento com a simplicidade do trabalho de acender as luzes que ainda desconheço em mim”.

Bateram na porta. Era uma jovem mãe aflita com o filho no colo. A criança ardia em febre havia dias. A bruxa examinou o bebê por instantes. Em seguida, preparou um unguento e uma poção. Entregou à moça; garantiu que em alguns dias o menino ficaria bem. A mãe agradeceu e pediu que não comentasse com ninguém que estivera ali. Era perigoso. A bruxa a tranquilizou com um sorriso sincero. A alegria residia na cura do garoto.

A sós, ela me serviu o chá. Estava delicioso. A mulher prosseguiu: “Não me sinto estranha no mundo, mas me sinto diferente. Não tenho todas as respostas. Sou como uma estrela que não sabe o que a sustenta no céu. Sei apenas que sou parte do Todo. Por ora, isto é suficiente.  As soluções das equações serão encontradas dentro de mim, na medida que observar os movimentos da vida e interagir com o mundo do melhor modo possível. Para tanto, é preciso se sustentar na própria verdade e aprender a voar com as asas das virtudes. Assim conheceremos o poder e as maravilhas da vida”. 

Indaguei se aquele jeito de ser e viver não a tornava candidata à fogueira. A mulher franziu as sobrancelhas e disse sem perder a serenidade: “Esse tempo se aproxima. Não o quero, mas não o temo. Não posso impedir que aprisionem o meu corpo, mas sei me cuidar para que jamais consigam tocar na minha alma. A magia mais temida não está no caldeirão, mas na luz que ameaça o império da escuridão. Por isto, as multidões condenam com a uma crueldade proporcional aos seus medos”.

Entendi que a genuína liberdade não carecia de qualquer ato de brutalidade ou violência; bastavam gestos mansos e maduros, quase imperceptíveis, ou mesmo desprezados pela multidão. Os seus olhos azuis tinham a delicadeza típica daqueles incapazes de fazer qualquer mal e aptos a praticar todo o bem. Era uma mulher livre; ela era dona de si.

Pedi mais um pouco de chá. Ela falou para que eu mesmo me servisse. Quando me aproximei, o líquido formava uma mandala girante dentro do caldeirão. Olhei para a mulher. Ela sorriu em despedida. Fez um gesto com a mão para eu prosseguir a viagem. 

Poema Vinte

Aprenda pelo abandono; 

As inquietações desparecerão.

Por que tantos medos?

Sem entender as perguntas, 

Me esgoto e não caminho.

Todos estão em festa, 

Apenas eu vagueio solitário.

Muitos têm respostas,

Eu estou repleto de perguntas.

Muitos têm muito,

Eu nada possuo.

Muitos brilham,

Eu pareço invisível.

Muitos possuem planos sofisticados,

Eu tenho sonhos toscos.

Sinto-me diferente,

Como uma estrela que não sabe o que a sustenta no céu.

Sei apenas que sou filho do Universo.

6 comments

Daniel maio 12, 2022 at 8:54 pm

Lindo!

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Marcilene Alves maio 14, 2022 at 8:48 pm

Sem palavras!! Simplesmente perfeito.

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Terumi maio 23, 2022 at 11:15 pm

Gratidão 🙏

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Fernando maio 29, 2022 at 9:51 pm

Gratidão profunda e sem fim Amado irmão das estrelas, sem fim…

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Sandra junho 10, 2022 at 9:24 pm

So wonderful Not only beautiful but wise and useful Thanks so much

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Cris Matsuoka julho 17, 2022 at 2:33 am

Demorei muito tempo para conseguir ler esse poema. Tentei muitas vezes e adormecia no meio. Hoje consegui e percebi que essa lição não me era de direito antes.

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