MANUSCRITOS V

A estrada do silêncio

Eu havia realizado exames médicos de rotina e o resultado de um deles não tinha sido bom. Era uma doença silenciosa, assintomática, que quando você se dá conta já não a nada a fazer. Quis a vida que eu soubesse a tempo de intervir. Consultei dois especialistas e a opinião deles coincidia. Tratamento clínico ou cirurgia. Em ambos existiam dissabores. Com medicamentos não haveria cura; a doença seria somente administrada, mas eu não sucumbiria a ela, embora afetasse a minha saúde e gerasse limitações físicas com o passar dos anos. No mais, eu teria que tomar remédios fortes por tempo indeterminado e conviver com efeitos colaterais muito desagradáveis; isto se tornaria parte da minha rotina por um longo tempo. A cirurgia envolvia um enorme risco de morte em razão de diversos detalhes e dificuldades. Pouquíssimos casos tinham tido êxito, levando a maioria dos pacientes à óbito. Contudo, se fosse bem-sucedida, eu ficaria definitivamente curado. Cabia a mim escolher.

Era um momento difícil. Existem épocas em que os fatos parecem conspirar contra a tranquilidade dos dias. Como se tudo e todos se levantassem em obstáculos para apagar a luz interior que nos anima e concede clareza ao olhar. É indispensável lutar consigo mesmo para que a escuridão que se instala no coração não turve a mente. O alcance do olhar se estabelece pelos degraus que a consciência escalou e o grau de virtudes alcançado. Sabedoria e amor em infinita simbiose; a carência de um prejudica a aplicação do outro. Os portais do Caminho, a estrada eterna de evolução rumo à luz, são guardados por leais guardiões que impedem o avanço dos andarilhos que ainda não estão prontos. Não fazem por maldade, mas por cuidado. Quais as consequências de se permitir um analfabeto de cursar uma universidade? Ou entregar uma autorização para alguém exercer uma atividade para qual ainda não está capacitado? Desânimo e desesperança na primeira hipótese; desastres e prejuízos na seguinte. Portanto, quando os guardiões negam a passagem de alguém, o fazem por sabedoria e amor. Esteja pronto e eles abrirão a porta. Diferente não são os inúmeros ciclos existenciais que compõem a vida. Cada ciclo encerra uma ou mais lições. Para fechar um ciclo e iniciar outro é necessário estar apto, cabendo ao andarilho, para prosseguir, mostrar que aprendeu as lições devidas. Cada passo se torna um direito decorrente de uma conquista, da qual somos testados para demonstrar a capacidade adquirida.

Eu repassava para mim mesmo esses tópicos básicos que não posso esquecer nas vezes em que me encontro diante de uma dificuldade existencial. “Cada problema apresenta um mestre para me ensinar algo que ainda não sei ou um guardião para permitir que eu mostre alguma habilidade que acredito possuir. Então, avançarei ou não”, murmurei comigo. Sozinho no carro, eu subia a serra em direção a uma pequena cidade localizada na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais. Ouvia canções nativas que trouxera de Sedona da última vez que visitara Canção Estrelada, o xamã que tinha o dom de perpetuar a filosofia ancestral do seu povo. As músicas serenavam o coração; a calma ordenava a mente. A tranquilidade é fundamental para o fluxo luminoso das ideias.

Eu tinha conversado sobre o dilema médico com a minha namorada, filhas e amigos muito próximos, a quem chamo de irmãos das estrelaspela sintonia cósmica que têm comigo. Os conselhos divergiam. Todos estavam sendo honestos, mas cada um tinha um olhar. Compreendi que as diferenças de opinião naquele momento eram como se a vida estivesse tendo uma enorme paciência comigo e devolvendo para mim a responsabilidade de uma escolha tão angular e decisiva. Inconscientemente, em um primeiro impulso, eu me esquivara do compromisso na tentativa de transferir para os outros uma decisão vital e definitiva para mim. Contudo, as opiniões se dividiram. Era como se os guardiões dos portais me devolvessem o poder de decidir e dissessem: “Só caminha quem o faz com os próprios pés”. Eles mostravam o seu infinito amor e incomensurável sabedoria mais uma vez.

É fundamental que saibamos como dissipar as nuvens e impedir que se tornem uma tempestade interna. Entretanto, não há como atuar sobre fatores externos, pois independem da nossa vontade. Mas se a chuva chegar, que eu não tenha medo de me molhar e saiba dançar com ela no grande baile da vida. Não tenho como impedir a chegada de tempos difíceis, entretanto, manter a luz acesa no altar do meu templo sagrado é uma escolha pessoal, um poder que aprendo a usar e que será testado, em diferentes graus, quase todos os dias. Eu pensava nisto enquanto estacionava o carro em frente a pousada onde me hospedaria. 

O poder de se manter no controle da própria vida vem com o aprimoramento do olhar. Sim, sempre o olhar. É preciso entender definitivamente a sua importância e força. Céu e inferno estão perto ou longe, na proporção direta da clareza do meu olhar. A mente precisa estar serena, alimentada por um coração tranquilo, sem permitir que as confusões e contrariedades do mundo, as influências das sombras e o inusitado da existência opaquem a visão. Tudo que acontece na minha vida é para o meu bem, ensina uma das belas histórias da Cabala. Apenas se faz necessário uma percepção apurada para encontrar o amor e a sabedoria ocultos por trás de cada momento vivido.

Este é o poder individual na ocorrência de fortes borrascas ou sobre manhãs ensolaradas nos jardins do ser. Naqueles dias, nuvens pesadas se avizinhavam no horizonte. Não havia como impedir o temporal, mas tinha como não me afogar nele. Era a escolha de não permitir que a escuridão dos acontecimentos apagasse a minha luz. Eu estava consagrado a ela; mas manter a validade deste compromisso se faz necessário todos os dias. Em alguns momentos é bem mais difícil do que em outros. 

É preciso aprender a lidar com a realidade, sem subterfúgios, atalhos ou mentiras. O que é a realidade? Era a pergunta que eu me fazia quando deixei a mochila no quarto e saí para passear pela montanha. Eu precisava me distanciar do mundo para conseguir me aproximar de mim mesmo. Assim como todas as pessoas, eu tinha a resposta que tanto precisava, mas não estava sendo capaz de ouvi-la.

Era um lugarejo bem agradável. Os moradores da região trabalhavam em pequenas plantações de grãos, hortaliças e legumes ou fabricações próprias de queijo e mel. Havia alguns poucos bares e restaurantes. Um bom fluxo de turistas frequentava o povoado nos finais de semana. Algumas lojas de artesanatos eram de pessoas que foram morar ali por não se adaptaram com a rotina das grandes cidades. 

Em uma das lojas era possível fazer o mapa astral e jogar tarô. Fiquei tentado a buscar por uma resposta fácil, quando percebi na porta um cartaz avisando que a responsável estava de viagem e somente retornaria em alguns dias. Ri de mim mesmo. Não que desmereça os astros ou as cartas, ao contrário, reconheço o valor e tenho respeito em relação aos infinitos mistérios que desconheço. Sorri pelo fato de perceber que, mais uma vez, o Universo estava me devolvendo a responsabilidade sobre o meu destino. Era como se repetisse: “Homem, decida você mesmo. Lembre, é a sua vida; as consequências também serão suas. Aproveite a oportunidade”.  

Eu estava com fome. Entrei em um bar, me sentei em uma mesa do lado de fora para apreciar o movimento tranquilo do lugar e pedi um sanduiche com uma caneca grande de café. Como era uma terça-feira, não havia turistas. Quase ninguém nas ruas ou na pracinha que ficava em frente. Os pensamentos vagavam distantes, ponderando as várias vertentes que pesavam sobre a decisão que eu tomaria, quando um homem se aproximou, se sentou na mesa ao lado e puxou conversa. Por algum motivo que naquele momento eu não soube identificar, a sua presença me incomodou. Acreditei que era pelo fato de ele interromper as reflexões tão necessárias a que eu me propunha. No início abordou assuntos prosaicos, como a vida pacata do lugar e a beleza das montanhas. Com gentileza, eu respondia as colocações de modo sucinto na tentativa de não prolongar nenhum assunto. Até que ele comentou que as pessoas que chegavam no povoado durante a semana eram diferentes dos turistas que iam somente passear e descansar. Assim como eu, vinham em busca de respostas sobre a própria vida. A surpresa diante da afirmação me fez ficar em silêncio. O homem disse que poderia me ajudar. Sem esperar por qualquer manifestação minha, retirou do bolso um par de dados, os colocou sobre a mesa e disse: “Permita que o Universo lhe ajude. Confie e entregue a ele o seu destino. Faça uma pergunta objetiva. Se a soma dos dados for ímpar a resposta é sim; se o resultado for par a resposta é não”. Com modos de quem esbanja confiança, deu um sorriso enigmático e foi embora.

Terminei o sanduiche e pedi mais uma caneca de café. Sem tocá-los, eu olhava para os dados deixados em cima da mesa, ao mesmo tempo que indagava: quem era aquele homem? Estaria ali a resposta que eu tanto buscava? Teria o Universo me enviado um mensageiro?

Fiquei ali por um tempo que não sei precisar. Até que decidi pagar a conta e andar por uma trilha que me levaria a uma bonita e sossegada cachoeira. Antes de sair, peguei os dados e os coloquei no bolso da bermuda. Andei por mais de uma hora. O lugar era um santuário. Um longa e linda queda d`água formava um belo lago antes de tornar a virar novamente um riacho, como se fosse o altar de uma inusitada igreja. Embora gelada, a água era cristalina e, em volta, enormes árvores e flores coloridas adornavam aquela maravilhosa catedral. O canto dos pássaros compunha a melodia do cerimonial. Não havia mais ninguém, somente eu e as inenarráveis vibrações telúricas. Coloquei em um canto o relógio, a carteira e os dados. Tirei as botas e afundei deliciosamente os pés na areia macia próxima à parte rasa da margem, com a água na altura dos tornozelos. Recostei-me em uma pedra e me deixei fazer parte daquele lugar sagrado. Permiti que cada espaço vazio intermolecular fosse preenchido pelas energias presentes. Em um primeiro momento apenas me deixei integrar e abençoar. 

Aos poucos os pensamentos voltavam a ser construídos pelo consciente. Eu ia direcionando-os para onde queria chegar, quando me veio a ideia, cada vez mais forte, de jogar os dados. Eu nunca tive dúvida que o Universo nos envia sinais o tempo todo, um diálogo incessante e orientador. Fazer a exata leitura é parte que cabe a arte do olhar. 

Sim, seria o local e o momento perfeitos para a resposta definitiva que eu tanto buscava. A conexão com o Universo vibrava em mim, pensei. Decidido, me virei para pegar os dados e levei um susto. Uma aranha, rajada nas cores preta e coral, estava sob eles. Por instinto, recuei a mão. Sem demora, a aranha se foi e desapareceu entre as pedras, como apenas quisesse se fazer notada. Sorri pelo encanto da situação, peguei os dados, fechei os olhos e fiz a pergunta que me perseguia por dias. Ímpar seria sim, se o resultado fosse par a resposta era não. Abri os olhos para lançá-los na areia aos meus pés e me deparei com a mesma aranha, agora em uma pedra do outro lado de onde a vi pela primeira vez. Com reação semelhante, a aranha pareceu me observar por fração de segundo e se esquivou diante dos meus olhos, desaparecendo entre as pedras. Foi quando tive a sensação de ouvir ao longe o rufar do tambor de duas faces de Canção Estrelada. Efeitos da minha imaginação, disse para mim mesmo, embora o som me fosse nítido. Eu conhecia aquela canção; eram os acordes de Land Of Promisse. Fechei os olhos, evitei racionalizar e deixei que a música me envolvesse. Então, a voz do xamã sussurrou dentro da minha mente: “A aranha é a tecelã da realidade”.

Diante do meu espanto, voltou a falar: “Todos estão envolvidos pelo Grande Mistério; tudo se resume em sabedoria e amor. O Criador não é um mago de feira a se divertir jogando dados com as criaturas”.

As palavras ditas por Canção Estrelada eram tão nítidas que cheguei a virar a cabeça para os lados na vã esperança de encontrá-lo. Não havia ninguém, é claro. Nada mais ouvi também. Entendi que a parti dali era eu comigo mesmo. Eis a infinita viagem.

Tornei a colocar os dados sobre as pedras. A primeira sensação foi de vergonha pela infantilidade de tentar fugir à responsabilidade de exercer um dos mais incríveis poderes que temos: de decidir o próprio destino diante do imponderável que se apresenta. Apesar de ter aprendido que inexistem atalhos no Caminho, eu estava prestes recorrer a métodos ingênuos para escapar do esforço de buscar as respostas e realizar as escolhas indispensáveis à minha evolução. A vida envia sinais, orienta, ensina, educa, corrige, mas nunca oferece a resposta. Se assim fizesse inexistiria crescimento. Cada resposta é como uma equação que precisa de raciocínio claro, vontade firme e bons sentimentos para o seu correto resultado.

Fechei os olhos e me recordei das tardes em Sedona, na varanda da casa de Canção Estrelada, aprendendo sobre a Medicina dos Animais, características das mais diferentes espécies que servem de ferramentas na construção dos destinos pessoais. São também energias ordenadoras do universo. O xamã disse certa vez: “A realidade é como uma teia. Cada pessoa tece a sua”.

As palavras do xamã ressoavam em minha memória: “Tecer a própria vida, eis a cura que a aranha nos ensina. A extensão, resiliência e textura dos fios definem a capacidade para a confecção da teia. Fios curtos e frágeis, apesar de grosseiros, permitem um tipo de teia; fios longos e resistentes, embora delicados, fornecem outro, bem diferente. Níveis de amor e sabedoria estabelecem a qualidade do fio e a trama da teia”.

“Cada inseto capturado na teia é a metáfora da transformação indispensável à evolução”, foram as últimas palavras que me recordei. Tive a atenção desperta para o fato de a melodia do tambor ter cessado. Nenhum som. A brisa fresca não balançava as folhas das árvores; empoleirados nos galhos, os pássaros encerraram os seus cantos e voos. De um instante para outro, apenas o silêncio absoluto. Tornei a fechar os olhos. O silêncio é a estrada por onde trafegam o amor e a sabedoria da alma. O silêncio possui muitas vozes.

As primeiras que chegam são as vozes das sombras, nos falando dos nossos medos, dos erros inconfessáveis, das mágoas imperdoáveis. Por isto que muitas pessoas não gostam da quietude e da solidão; por isso, tantas outras precisam de remédios para dormir, como método de fugir dessas vozes que atormentam por ninguém ter nos ensinado a lidar com elas. Por instinto, as expulsamos da mente; por rebeldia e necessidade de cura, elas retornam. Então, sem saber o que fazer, criamos maneiras para entorpecer a mente e o coração; anestesiamos ideias e sentimentos. Cada vez mais, somos uma geração de autômatos entre a rotina para sobreviver e momentos de euforia efêmeras. 

Contudo, essas vozes tão velozes, insistentes e assustadoras, embora de superfície e desagradáveis, possuem enorme importância. Não as expulse, ao contrário, acolha-as com carinho. Elas são partes de quem somos, contam a nossa história, equívocos, mostram a necessidade de superação, as feridas que precisam de tratamento, aquilo que incomoda e ainda não foi cicatrizado. Elas nos mostram quem somos; indicam também quem não mais queremos ser. Doloroso em um primeiro momento, mas maravilhoso no seguinte, pois sinalizam a estrada da evolução. Sim, teremos que trilhar cada uma dessas veredas. Não se afobe nem se assuste. Os passos precisam ser lentos para que possam ser seguros. Não estamos preparados para lidar com muitas dessas questões. É assim mesmo. Cuide daquelas que você entender já estar pronto para enfrentá-las. De início, apenas estas. Aos poucos, se prepare para as outras e se alegre a cada conquista e cura. Seja doce consigo, pois todos somos aprendizes em longo processo prático de erros e acertos. Porém, que isto não sirva de irresponsabilidade para os mesmos equívocos ou um adiamento por demais prolongado. Casos em que o sofrimento irá se agigantar. Não se trata de punição ou algo parecido como muitos acreditam por viverem sob o eixo do medo e da culpa, mas da própria consciência agonizando pelas repetidas fugas fracassadas e pelo envenenamento por altas doses de estagnação.

Serenar essas vozes de superfície não significa ter todas as dificuldades resolvidas nem as feridas cicatrizadas; representa que elas estão harmonizadas e equilibradas, pois não são mais ignoradas nem reprimidas. Sabem que serão tratadas ao seu devido tempo. Assim, permitem que eu retorne ao silêncio, a via que me levará a uma camada mais profunda de mim mesmo. Somente então conseguirei ouvir a minha alma; nela, todo amor e sabedoria do Universo em semente. Então, a possibilidade de novos fios, teias, tramas e, por consequência, outra realidade.

Aquietei a mente e o coração e deixei que o silêncio me envolvesse. Como um oceano etéreo, o silencio se apresenta, expande e acolhe. Depois convida a navegar no seu infinito e incomensurável vazio. Ao contrário dos abismos existenciais oriundos do afastamento da própria essência e do essencial, como os dons e os sonhos pessoais, o silêncio nos traz o vazio da criação. Como instrumento indispensável à arte da vida, ele nos entrega uma folha em branco e diz: “Você pode escrever uma nova história a partir de agora. Basta que acredite na sua verdade mais simples, na sua beleza mais pura e na infinita força da vida. Basta que acredite em você mesmo”.

Como uma suave correnteza, o silêncio nos conduz às camadas mais profundas do ser, no âmago de quem sou, oculto por uma infinidade de paredes existenciais. Lá estará a verdade (que se traduz no limite da minha consciência) apresentada sem as amarras da existência e dos sofrimentos, em toda a sua pureza e simplicidade. Isto me permite ampliar a realidade (as fronteiras do mundo pela ótica do observador). Então tudo se modifica e novos alcances são vislumbrados. A criatura cria a própria criação. A aranha tece a sua teia. Diversas tramas, diferentes realidades.

Contudo, não se chega à alma sem navegar pelos mares do silêncio.  

Não sei precisar o tempo que fiquei sentado à beira do lago. Quando retornei à superfície, o céu estava envolvido por um manto de estrelas. A dúvida tinha desaparecido; a resposta era cristalina como as águas que me banhavam os pés. Havia em mim a nítida sensação que eu sempre soubera qual era a melhor escolha, mas algo, também em mim, tinha me impedido de tomar posse dela. O silêncio me fez ultrapassar esse muro para que eu pudesse me encontrar com a minha verdade.

Iluminado pela lua, calcei as botas, peguei a carteira e o relógio. Quanto aos dados, enterrei na areia; eu não precisaria deles. “Nem todos os mensageiros são da Luz”, murmurei. Foi quando percebi a mesma aranha sobre as pedras; ela parecia me observar. Fiz uma reverência sincera em agradecimento pela sua valiosa lição. Agradeci ao silêncio e a todas as vibrações de luz presentes por me ajudarem a ir onde eu        precisava chegar. Sorri de alegria e retornei à pousada envolvido por uma indescritível leveza. Não havia em mim nenhuma dúvida ou qualquer medo.

No dia seguinte, voltei para casa. Eu sabia exatamente o que fazer. A aranha começava a tecer uma nova teia.

Imagem: TMarchen – Dreamstime.com

7 comments

Fernando Cesar Machado março 27, 2020 at 7:44 pm

Gratidão profunda e sem fim irmão das estrelas,
sem fim…

Vida longa Yoskhaz…

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Alcídia Batista março 27, 2020 at 8:53 pm

“Céu e inferno estão perto ou longe, na proporção direta da clareza do meu olhar.”
Genial meu amado Yoskhaz!!! Amei essa frase!!!

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Terumi março 27, 2020 at 10:55 pm

Gratidão! 🙏

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Joane Faustino março 29, 2020 at 8:18 am

Gratidão irmão das estrelas , sem fim✨❤️🌹

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Adélia Maria Milani abril 13, 2020 at 10:41 pm

Gratidão!!! Sempre grata por tantos ensinamentos.

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Adélia Maria Milani abril 14, 2020 at 6:38 pm

Gratidão, sempre!!!!

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Gleiza Jordânia setembro 12, 2020 at 9:09 am

“A realidade é como uma teia. Cada pessoa tece a sua”. Sábias palavras… Gratidão sempre 😊🌟🌟🌟🌟

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