MANUSCRITOS VII

O sim e o não

A bicicleta estava encostada no poste em frente à oficina de Loureiro, o sapateiro que costurava o couro com a mesma mestria com que alinhavava ideias. A chuva fina de outono aumentava a intensidade da brisa fria que descia pelas montanhas no entorno da pequena e charmosa cidade. A caneca fumegante com café fresco despertou a mente e a vontade de conversar. Enquanto o artesão finalizava uma linda bolsa feita sob encomenda, comentei que entender sobre a hora de dizer sim, assim como o momento de falar não, era uma das causas das muitas insatisfações existenciais. Loureiro concordou: “O motivo é simples, porém, sério. Trata-se de uma questão que envolve muitas outras, além das consequências decorrentes de cada decisão”. Antes que pudéssemos continuar, fomos surpreendidos pela entrada de Fred, um amigo de longa data e muito estimado pelo sapateiro. Já tínhamos sido apresentados em outra ocasião. Era um alfaiate especializado em vestidos de noiva. Estava aposentado. Durante décadas foi extremamente requisitado. As moças vinham da capital para se vestirem com ele. Possuía um talento incomum para criar inusitados modelos. Os valores cobrados estavam de acordo com a enorme procura. Eram bem altos. Contudo, o nível de satisfação das clientes ficava à altura. Ninguém reclamava. Amaury, seu filho, herdara o talento e o negócio do pai, dando continuidade à grife e à crescente demanda. Naquela semana o seu sossego sofrera um inesperado abalo. Em um encontro casual com o gerente do banco, soubera que a prestigiada Casa Fèvre, que estampava o sobrenome da família, símbolo de prestígio e respeito no ramo, estava à beira da falência.

Incrédulo, foi conversar com o gerente da alfaiataria. Recebeu a informação de que a procura continuava crescente; as noivas esperavam meses para serem atendidas. Ao se reunir com o contador, soube que o dinheiro continuava entrando na firma; contudo, as retiradas solicitadas por Amaury eram bem maiores. Os empréstimos bancários necessários para honrar com os pagamentos, afiançados pela credibilidade construída nos anos em que Fred esteve à frente do negócio, tinham chegado ao limite. Embora o prestígio junto à clientela se mantivesse inabalável, perante o mercado financeiro havia a certeza de que a ruína estava à espreita.

Demorou dias para conseguir falar com o filho. Fred não demorou a compreender que, apesar dos enormes lucros auferidos, o estilo de vida luxuoso levado por Amaury era a causa do desastre iminente. Não havia dinheiro capaz de satisfazer os seus prazeres. A solução proposta pelo filho era que o pai vendesse as propriedades que possuía para quitar as dívidas e impedir que a Casa Fèvre mudasse de mãos sem que recebessem um único centavo, tamanho era o déficit nas contas. Após jurar ter aprendido a lição, Amaury garantiu ao pai que assim conseguiria equilibrar as finanças e, aos poucos, recompraria as propriedades, sem perderem a prestigiada alfaiataria, de onde se originou todo o patrimônio da família. Fred teria que se desfazer de todos os seus bens, tanto a encantadora vinícola, na qual passava os dias dedicados à aposentadoria, como a casa confortável onde morava quando estava na cidade.

Fred tinha pouco tempo para decidir. Atônito, perguntou a Loureiro qual seria a decisão acertada. O sapateiro foi honesto: “Não tenho a menor ideia”. O antigo alfaiate confessou estar inclinado a atender os apelos do filho. No entanto, uma estranha sensação, que não conseguia identificar a origem, o deixava desconfortável com essa escolha. Loureiro pontuou: “O sim que oferecemos a alguém não pode significar um não para nós”.

Fred disse não ter entendido. O sapateiro explicou: “Ao atender um pedido de ajuda ou uma solicitação qualquer, a decisão, ainda que acarrete riscos, precisa estar alinhada à verdade no limite extremo que a sua consciência já a compreende. Não se pode fatiar a verdade para a usar em partes; o bom não pode estar dissociado do justo. A verdade precisa estar por inteiro para que possa servir à evolução. Do contrário, você se sentirá mal com a ajuda prestada. Não faz sentido ficarmos mal na prática do bem. Quando acontece, significa que algo nos escapou ao entendimento, seja em relação aos fatos, seja quanto ao conhecimento que temos sobre quem somos”.

A perceber um ponto de interrogação nas feições do amigo, Loureiro esclareceu: “A boa vontade não basta. Faz-se necessário ter atenção para que o propósito não se perca. Por vezes, ótimas intenções agravam as consequências dos desastres”. Fred continuou sem entender. O sapateiro explicou: “Compreenda os verdadeiros motivos pelos quais disser sim. Podemos ajudar por sentirmos a dificuldade de alguém, um autêntico sentimento de solidariedade e compaixão. Acreditamos sinceramente que aquele movimento prestará um socorro imediato até que a pessoa possa se restabelecer ou mesmo superar a dificuldade que se encontra. Isto é virtude. Noutras vezes, dizemos sim por orgulho ou vaidade, pela sensação vil de nos sentirmos poderosos diante da necessidade alheia, como se ganhássemos a absurda autorização para nos colocarmos em pedestal para adoração. Há casos que dizemos sim face a enorme dependência emocional que temos em relação àquela pessoa específica, a qual temos vontade de dizer não, mas somos incapazes; ou ainda, por medo de nos tornarmos indivíduos maus, e a suposta punição divina decorrente desta negação. Dizemos sim mesmo sem acreditar na eficácia da ajuda solicitada ou na ausência de merecimento do socorrido. São casos em que decidimos pelo sim quando a nossa consciência nos orientou a falar não. Isto é sombrio.

Bebeu um gole de café e concluiu: “São muitas as variantes que podem nos conduzir à equívocos. Não raro, o não é a verdadeira ajuda por estimular a pessoa a sair da inércia ou do círculo vicioso de movimentos repetitivos que a faz afundar ainda mais, como quem está atolado em areia movediça e insiste a fazer o que já se provou improdutivo ou prejudicial”. Fez uma pausa antes de prosseguir: “De outro lado, o não pode estar estimulado por sentimentos nefastos de mesquinharia, em alguns casos, ou de vingança por alguma mágoa reprimida, em outros. Então, uma maravilhosa oportunidade de iluminar as próprias sombras restará perdida. Em qualquer situação, indispensável é entender a genuína razão que nos move a dizer sim ou decidir pelo não. Verdade e virtudes devem estar sempre presentes”.

Fred pediu para o sapateiro fosse mais específico. Loureiro disse: “Analise se não seria preferível abrir mão da alfaiataria, por mais que seja doloroso, a perder a vinícola, cujo trato lhe traz alegrias, além da casa que construiu para viver com conforto na etapa final da existência. Caso se decida assim, saiba que não cometerá nenhuma injustiça nem se tornará um homem mau. Você ofereceu ao seu filho as condições para que tivesse uma vida próspera e tranquila. Jamais se mova por culpa ou medo”. Fez uma breve pausa para que o amigo concatenasse o arco do raciocínio, e acrescentou: “O ponto angular da decisão reside na confiança que deposita na transformação do Amaury. Ninguém se traduz em discursos, mas em atitudes. A credibilidade está na ação, jamais nas palavras. A virada é possível desde que ele seja capaz de cumprir com a promessa que fez. Então, valerá a pena o esforço de vender a vinícola e a casa para o resgatar da situação complicada em que se envolveu. Ao que me parece, esse é o cerne da questão. Também a origem do incômodo que sente pela escolha que terá de fazer”.

Fred confessou que não suportaria ver a Casa Fèvre sair das mãos da sua família. Tinha começado atender as clientes na sala de um pequeno apartamento alugado, onde, na época, morava no minúsculo quarto que havia nos fundos. Quase meio século depois, se tornara uma das grifes mais importantes daquele segmento. Apesar do tom sereno, o sapateiro foi firme: “Você não pode se deixar levar pelo orgulho nem pela vaidade. A sua história na alfaiataria foi escrita de maneira bonita com letras de competência, dedicação e talento. Mas terminou por decisão própria quando se aposentou e entregou o negócio ao Amaury. A partir daí a Casa Fèvre não é mais da sua responsabilidade. Apegue-se a verdade, jamais ao passado”.

“De outra face, caso entenda que ofereceu ao Amaury todas as condições materiais, mas faltou algo nos aspectos emocional e moral, perceba que a vida está concedendo uma oportunidade de dar retoques à obra com as cores do amor e da sabedoria. Apegue-se a verdade, jamais às coisas”.

Bebeu um gole de café e prosseguiu: “Responda a si mesmo se a decisão de se desafazer de todo o seu patrimônio irá realmente ajudar o seu filho a salvar o negócio ou se apenas irá prolongar um estilo de vida insensato. Faz-se necessário saber se ele aprendeu a lição e tem capacidade para lidar com as próprias dificuldades e cumprir a promessa feita. Sem dúvida, talento não falta ao Amaury; no entanto, embora seja um adulto, é preciso entender se ele alcançou a maturidade, que até recentemente não possuía, para lidar consigo mesmo, com seus desejos, inseguranças e sombras. Mudanças são conquistas construídas com atitudes; intenções sinceras não bastam”.

Fez uma pausa antes de continuar: “Qualquer ajuda oferecida há de ser sincera conosco e honesta com os outros. Precisa estar envolvida em humildade, pois a solidariedade alegra, equilibra e fortalece a alma. Em silêncio e suavidade como são as autênticas virtudes; pois, espetaculosas e barulhentas são as sombras. O auxílio prestado, por maior que seja o esforço empreendido, tem de nos manter de pé, nunca nos abater. Sempre haverá o risco de a ajuda não atingir o resultado pretendido; não existe nenhum problema nisso, desde que a escolha que se faça esteja alinhada à verdade. Isto traz acolhimento e luz mesmo diante do possível insucesso da empreitada”.

Esvaziou a caneca e pontuou: “Faz-se necessário entender outra importante questão. Devemos iluminar os caminhos de quem está perdido na escuridão. Nunca conseguiremos acender a luz de ninguém. Pode-se orientar e ajudar alguém a se colocar de pé. Não é possível arrastar nem carregar nas costas aquele que não quer caminhar. O aprendizado e a consequente transformação são conquistas pessoais e fazem parte de todos os ciclos evolutivos.”. 

Serviu mais uma rodada de café e disse: “Se acredita que as chances de naufragar ao lado de uma embarcação condenada são maiores do que as possibilidades de a resgatar, pois, a tripulação do barco à deriva não se mostra capaz de fazer os movimentos essenciais para o sucesso da operação, de antemão há um evidente equívoco na equação usada. Outra solução precisa ser pensada”.  

Fred indagou como saber a resposta certa. Loureiro tornou a dizer: “A resposta está na verdade”. O antigo alfaiate queria entender como a encontrar. O sapateiro explicou: “Por ser a fronteira mais longínqua alcançada pela consciência até o momento, a verdade é uma construção pessoal. E necessária. Quanto mais próximo da verdade, mais intensa se torna a luz interna que nos orienta os passos e, porquanto, nos impulsiona e protege no Caminho. A verdade se intensifica à medida que a percepção e a sensibilidade se aprimoram. Para tanto, busque por um instante de quietude e silêncio. Escute todas vozes que o habitam. Somos muitos em um. Alguns são velhos conhecidos, outros ainda rejeitamos. Conquistas e fracassos, alegrias e tristezas, dúvidas e certezas, objetivos e sonhos, sombras e virtudes, ego e alma. De início, não interfira; deixe que todos se manifestem. Assista como um expectador imparcial. Depois, separe as vozes que falam dos medos e as que estão repletas de culpa; não são boas conselheiras por ainda olharem a vida pelo viés da escuridão. A vida exige coragem e regeneração; mas tenha cuidado e atenção, os desejos são traiçoeiros e imprudentes. Evite as tentações dos privilégios e da estagnação; a vida exige simplicidade e movimento. Afaste os enganos, por mais doces que sejam. Nunca se abandone; temos de estar fortes e equilibrados para que a nossa luz se mantenha acesa. Jamais evite os compromissos, eles nos ensinam sobre o amor e estabelecem a beleza da vida. Seja sempre humilde, simples e compassivo; são pressupostos seguros para dias serenos e alegres”.

Bebeu um gole de café e concluiu: “Ao chegar no ponto de encontro onde todas essas características e significados estejam presentes, você terá encontrado a própria verdade para aquela questão”. Fred indagou como teria certeza de ter se encontrado com a verdade. Loureiro arqueou os lábios em leve sorriso e respondeu: “A paz; você será envolvido por uma inesquecível sensação de clareza e tranquilidade. A liberdade; todos os medos e dúvidas virão abaixo como o prédio da prisão do qual se retirou os alicerces que o mantiveram de pé até aquele dia. A escolha estará madura e a solução se apresentará com incrível transparência. Nada poderá lhe impedir de fazer a coisa certa. Então, a dignidade. Não importarão julgamentos, críticas nem comentários depreciativos. A certeza de ninguém terá o poder de abalar a sua verdade”.

Fred ficou pensativo por alguns instantes, como quem precisa alocar novas ideias nas gavetas da mente, até que disse: “De certa maneira se assemelha a uma guerra. Não será fácil”. Loureiro fez sim com a cabeça e comentou: “Essa é a origem do termo o bom combate. Uma luta intrínseca na qual ilumino cada canto escuro que me impede de ir além de quem eu sou. Nenhuma guerra é fácil. Terei de enfrentar os fantasmas das experiências infelizes que teimam em me amedrontar, os carrascos das culpas que nunca ousei a educar, as trincheiras dos medos que insistem em não me deixar sair do lugar, de curar os sofrimentos que me impedem de encontrar a beleza da vida. A transformação das minhas sombras em virtudes é a síntese da Grande Arte. Sou o criador e a criatura; sou a obra e o artista. Todo problema sinaliza uma verdade desconhecida ou uma virtude não utilizada”.

O antigo alfaiate ficou mais algum tempo sem dizer palavra. Bebemos o café em silêncio até que Fred agradeceu a conversa, deu um forte abraço no sapateiro, se despediu de mim e se foi. Eu subi a montanha rumo ao mosteiro para mais um período de estudos.

Duas semanas depois, Loureiro foi convidado pelo Velho, o monge mais antigo da Ordem, a ministrar uma palestra no mosteiro. Estávamos conversando despreocupadamente na cantina, entre canecas de café e fatias de bolo de aveia, quando fomos surpreendidos com a notícia de que Fred estava ao portão. Autorizado a entrar, muito educado, explicou que precisava falar com o sapateiro. Fizemos menção de levantarmos para os deixar a sós, mas Fred disse não ter necessidade. Ao contrário do recente encontro, o antigo alfaiate transbordava em leveza. Ele foi direto ao assunto. Decidira dialogar com todas as suas vozes. Passara alguns dias envolvido em quietude e silêncio. Ouviu, pensou e, em seguida, entendeu a coisa certa a fazer. O seu filho ainda não estava pronto para reestruturar a Casa Fèvre; no entanto, precisava de ajuda para se libertar dos vícios comportamentais que o aprisionavam em escuridão e sofrimento. Apesar de ter um estilo de vida desejado por muitos, os seus dias eram rasos. A maneira como gastava o dinheiro não o tornava uma pessoa melhor, ao contrário, agigantava o vazio que se alastrava a ponto de corroer a sua essência. Se fosse abandonado naquele momento, sem negar o enorme talento que tinha, duvidava que Amaury conseguisse se reerguer das próprias ruínas face o enorme desequilíbrio emocional que o dominava. Atenderia ao pedido do filho. Venderia a vinícola e a casa.

Eu nada disse, mas pela incoerência do raciocínio, me pareceu um despropósito completo. Até que Fred, começou a dar sentido à sua escolha. Anunciou a revogação da própria aposentadoria. Assumiria o controle da alfaiataria, mantendo Amaury como seu braço-direito, principalmente nos cuidados com a criação dos modelos que confeccionava com tanta mestria. Assumiria a administração do antigo negócio da família e cuidaria para que o filho vivesse do próprio salário. Nem um centavo a mais. Amaury aprenderia a se adequar à realidade e, mais importante, que a felicidade jamais será proporcional a quantidade de dinheiro gasto. Embora o dinheiro seja ferramenta capaz de proporcionar muitas situações boas e agradáveis, e seja sempre bem-vindo, a felicidade está conectada à evolução, na capacidade de se tornar uma pessoa diferente e melhor a cada dia. Serenidade, leveza e alegria são as suas tônicas.

O amor pelo filho era mais importante que a casa, a vinícola e valia o esforço de retornar ao negócio. Quando esteve a dialogar com as suas vozes, uma delas lhe disse que amor sem compromisso é amor de superfície. O pai tinha algo a ensinar ao filho, não sobre a profissão, mas a respeito da vida. Fred poderia oferecer algo ao Amaury que talvez ninguém mais pudesse, ao menos de um jeito a mesclar doçura e firmeza como só quem envolve amor com sabedoria consegue fazer. Este era ponto angular para o entendimento daquela questão que tanto o agoniara.

Somente ao chegar ao âmago da questão, aceitar imaturidade do filho adulto, assim como a sincera disposição em abdicar do sossego dos seus dias para oferecer algo a mais para a relação entre eles, a solução se apresentou com incrível claridade. Sem conflitos internos, uma indescritível tranquilidade o envolvera. Não havia nenhuma dúvida ou medo. Apesar das enormes perdas financeiras, o sim que disse ao Amaury era também um sim para si próprio. Sem peso nem sacrifício, restara apenas uma inquebrantável vontade de fazer o que tinha de ser feito. Havia chegado à verdade e compreendido o seu poder libertador.

O alvo principal não era salvar a Casa Fèvre da falência, mas resgatar o Amaury da escuridão. Perder a vinícola seria ruim; ter a chance de trazer o filho de volta à luz era um presente que oferecia a si mesmo. Havia honestidade nas suas palavras. O próprio Fred comentou estar espantado com a disposição, alegria e serenidade com as quais abdicava do sossego da aposentadoria para retornar à rotina atribulada da alfaiataria. Foi o Velho quem explicou a razão: “Quem caminha por gosto não cansa”. Fred tinha compreendido que o bom uso do sim e do não traz consigo o poder da clareza e da criatividade contidos na verdade; depois, basta usar as virtudes como ferramentas na elaboração da Grande Arte. Juntas, verdade e virtudes, são fontes genuínas de força e equilíbrio. Na cantina do mosteiro, sem qualquer pompa ou solenidade, providenciamos mais uma rodada de café fresco com bolo de aveia para comemorarmos uma genuína e eterna conquista.

4 comments

Fernando Machado junho 29, 2022 at 12:33 pm

Gratidão profunda e sem fim, Amado irmão das estrelas, sem fim…

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Terumi junho 30, 2022 at 1:33 am

Gratidão 🙏

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Cris Matsuoka junho 30, 2022 at 3:44 am

Aprendi, entre idas e vindas da vida, que existe uma linha tênue entre o amor próprio e a empatia. Essa linha é o limite que separa o sim e o não que sera dado. Essa linha é individual e exige um grande poder de equilíbrio para dosa-la com precisão.
Quando conseguimos, atingimos a temperança.
A verdade é o amor em fluxo.

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SCHWEITZER julho 4, 2022 at 4:51 pm

Esse é um dilema muito profundo, ter q escolher entre se salvar, e deixar o outro cair dentro da escuridao. Ou tentar salvar ao outro, e cair junto dele para dentro do abismo. Enfrento um dilema similar, esse estoria me ajudou a entender melhor o peso da escolha. Muito obrigado pela leitura.

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