MANUSCRITOS VIII

Desatar nós

O ônibus me deixou em frente à estalagem da pequena vila chinesa na subida para o Himalaia. A dona do estabelecimento me entregou a chave do quarto com a indiferença de sempre. Deixei a mochila e parti em direção à residência de Li Tzu, o mestre taoísta. Ainda faltava um par de horas para o anoitecer. Como de costume, o portão da casa estava aberto. Atravessei o lindo jardim de bonsais sob o perfume do incenso de jasmim que emanava do interior da residência. Notei pendurada no umbral da cozinha, de modo que todos a vissem, uma corda com vários nós atados. Não me lembrava de tê-la visto antes. Meia-noite, o gato preto que também morava na casa, me olhou entediado de cima da geladeira, virou a cabeça para o lado e tornou a dormir. Fui recebido por Li Tzu com um sorriso afável e uma xícara de chá quente. Sentados à mesa, perguntei sobre o significado daquela corda repleta de nós. O mestre taoísta explicou: “Trata-se de uma simples ilustração para lembrar a todos que os ensinamentos do Tao Te Ching terão pouca serventia caso o indivíduo não consiga enxergar, entender e desmanchar os nós existenciais acumulados ao longo da existência que o prendem e limitam. Um importante exercício evolutivo. O verdadeiro campo de batalha está no âmago de cada pessoa. O jeito como atravessamos o mundo é apenas o seu reflexo”. Indaguei se ele conseguia ajudar aos alunos. Li Tzu manteve a sinceridade habitual: “Muito pouco. Entrego somente um mapa e uma bússola na plataforma de embarque. Nada mais do que isto. Essa viagem não permite acompanhantes. Aos guias, apenas é possível orientar à distância”. Deu de ombros e ressaltou: “Por se tratar de um movimento interno profundo, ninguém jamais conseguirá desamarrar os nós de outra pessoa. Cada uma precisa fazer isso por si mesma. É um ato íntimo, luminoso e solitário. Exige determinação, coragem e amor-próprio. Como gesto de genuína libertação, desatar os nós é parte da arte aprendida pelos viajantes a caminho da luz”.

Perguntei como se desata um nó. O mestre taoísta se levantou, retirou a corda pendurada no umbral e me entregou. Disse para que eu o fizesse. Fui ao miolo de um dos nós, aliviei a pressão da corda e desfiz a amarração. Ele me questionou: “Por que não o desatou pelas pontas da corda?”. Respondi que não seria possível. Somente é possível desatar um nó a partir do ponto central. Li Tzu sorriu satisfeito e comentou: “Assim também acontece com os nós existenciais”.

Eu quis saber no que consistia os referidos nós. Ele esclareceu: “Há muitos tipos. Os mais comuns são as mágoas e as culpas. Ficamos magoados ou nos sentimos culpados por diversos motivos. Ao longo da existência, lidamos com abusos, ofensas e traições de diferentes nuances e matrizes. São produtos amargos resultantes de experiências mal-elaboradas e ainda incompletas. O sentimento ácido que emerge nas vezes que a lembrança vem à tona não é o único problema. Embora seja o mais perceptível, não é o mais danoso. Esses sofrimentos, enquanto não curados, encurtam as possibilidades de movimento e amiúdam a realidade. O mundo e a vida se estreitam quando verdades, bons sentimentos e diferentes escolhas restam reprimidas ou negadas. Tudo que acreditamos impossível se manterá invisível, como se não existisse, enquanto não nos permitirmos uma melhor compreensão. Assim como todos os outros nós, as mágoas e as culpas nos dominam, anulam e esgotam. Ficamos impedidos de ir além de quem somos ou de onde estamos, dentro e fora da gente”.

Neste instante, fomos surpreendidos com a entrada de Maria de Guadalupe. Eu a conhecera em outro período de estudos. Mexicana, com cerca de quarenta anos de idade, tinha estatura mediana, pele morena, cabelos negros encaracolados, na mesma tonalidade dos olhos. Usava enormes e lindos brincos coloridos. Com uma conversa inteligente e agradável, a simpatia lhe era uma marca registrada. Uma mulher de iniciativa e atitude, que demonstrava saber quem era, o que queria e para onde ia. Recordei ter ouvido duas jovens comentarem que gostariam de ser como Maria de Guadalupe, uma mulher que preenche todos os espaços do ambiente onde está. Ainda que pese a sua impactante presença, havia uma disfarçada tristeza em seu olhar. Como se as ondas agitadas da praia desviassem a atenção dos segredos escondidos nas águas profundas do mar.

Maria assistira as aulas da manhã, quando Li Tzu explicara as razões de ter pendurado no umbral da cozinha a corda com os nós. Aquilo a impressionara sobremaneira. Disse que precisava conversar. O mestre taoísta a convidou para se sentar à mesa conosco. Em seguida, lhe serviu uma xícara com chá. Nada perguntamos, e nem foi preciso. Com os olhos marejados, antes mesmo de provar o chá, Guadalupe confessou estar cansada. Muito cansada. Então, nos contou a sua história. Ou uma parte dela.

Filha única de pais muito exigentes, teve uma educação rigorosa, repleta de atribuições severas. Cresceu com obrigações para além da sua idade. Acostumara-se a resolver os problemas da família. Aceitara o fardo sem questionar ou reclamar. Para esquecer a dor de abdicar das próprias escolhas, gostos e interesses, inventou a personagem da heroína sempre disposta a ajudar as pessoas a solucionar os seus problemas. Sentia-se obrigada realizar tarefas que não eram suas. Com o passar do tempo, ela e os outros achavam isso natural. Considerava-se uma mulher generosa, bem-resolvida e resolutiva. Condicionara-se a assumir responsabilidades que não eram suas. Sem saber como reagir, preferiu acreditar que o abuso era virtude e prazer.

Ainda bem jovem, se casou com Moacir, um charmoso aspirante a músico com muito entusiasmo e pouco talento. Por vício comportamental, Guadalupe repetiu o padrão: recaiu sobre ela as obrigações que deveriam ser compartilhadas pelo casal, uma vez que o marido se recusava a procurar outro trabalho. Insistia em viver da música que nada lhe rendia, salvo a boemia em bares mal-afamados. Logo se tornou mãe, aumentando os próprios níveis de compromissos e exigências. Desde a adolescência, trabalhava em uma fábrica de papel durante o dia e estudava à noite, sem se descuidar dos serviços da casa. Com o passar do tempo, após a graduação universitária, galgou vários degraus dentro da empresa. Tinha um bom salário, compatível com o cargo que alcançara.

Pacato, porém, indolente, Moacir em nada colaborava com as despesas do lar. Embora não fosse um bom marido, era um pai atencioso e amigo do filho, já um jovem adulto. Este, apesar de ter se tornado uma rapaz amoroso, não gostava de estudar e, como se não bastasse, tinha apreço pela vida descompromissada do pai, a quem considerava um homem livre. Apesar do carinho que possuía pelo marido, não o amava mais. Sentia-se desconfortável em casa. Achava injusto o modelo de relação familiar. Contudo, afastava a ideia de separação. Era uma mulher digna. Assumira compromissos e responsabilidades. Sabia que eles passariam por enormes dificuldades se decidisse ir embora. Viveram desde sempre em absoluta dependência do trabalho dela. Não levaria dor àqueles que queria bem. Como em um dilema sem solução, não gostava do que lhe prendia, mas também não sabia como desfazer o nó que lhe atava. Estava onde não queria mais estar, mas era melhor ficar. Confessou que se sentiria culpada caso algum dia partisse, ainda que ficar significasse aceitar a infelicidade como o único e definitivo sentimento que lhe cabia. Talvez fosse o seu carma, ponderou. No entanto, estava resignada, admitiu.

Li Tzu a ouviu sem interrupções. Depois, com candura nos olhos e voz serena, comentou: “Os nós precisam ser desatados o quanto antes, sob o risco de termos a alegria estrangulada e a existência desperdiçada. Conseguimos desamarrar os nós quando revisitamos acontecimentos para refazer o entendimento, seja sobre o sentimento provocado por determinada experiência, seja pelo comportamento que insistimos em manter apesar dos resultados dolorosos. Todo nó surge na crença de inexistir um jeito diferente de lidar com determinadas situações. Com o passar do tempo o nó aperta. Por vezes, sufoca. O sofrimento parece inevitável e sem fim. Acreditamos que o tempo se encarregará de tudo. Ledo engano. O tempo nada cura. Apenas lança camadas de areia sobre a dor, como se fosse possível a esconder. Em conluio com o tempo, mentimos para nós mesmos dizendo que estamos bem. Não existe mentira maior. Ninguém fica bem quando a vida se apequena enquanto há muito mais à espera”. Li Tzu argumentou: “Todo sofrimento é resultado dos elementos errados que usamos para elaborar as experiências vividas. Algumas experiências ainda não terminaram. Alguns movimentos precisam ser reprocessados com elementos nunca utilizados. Quando o resultado muda, o nó se desfaz”.

Guadalupe quis saber como fazer isso na prática. O mestre taoísta bebericou o chá e explicou: “Vamos realizar o trajeto da sua fala de trás para diante. Ao relatar as suas dores, você termina por dizer que não tem escolha. Está aprisionada à condição de cuidar do marido e do filho, adultos saudáveis, porém, indolentes. Acredita que esse seja o seu carma. E que está resignada quanto a isso. Vive envolvida em sentimentos amargos porque elabora a experiência com esses elementos de convicção”. Ela balançou a cabeça como dizendo de que era isso mesmo. Li Tzu mostrou a bússola para uma nova orientação: “Carma não é prisão, é aprendizado. Ficaremos amarrados a sentimentos densos e corrosivos enquanto não encontrarmos um jeito diferente de lidar com a situação. Sempre há escolhas”. Guadalupe explicou que estava cansada de conversar com Moacir e com filho. Eles se mostravam insensíveis a qualquer mudança. O mestre taoísta ponderou: “A insistência para mudar os outros é o exercício dos tolos. Para haver mudanças é preciso um novo nível de compreensão. A firme vontade de deixar para trás quem sempre foi para se tornar outro. Equivale a um renascimento. Isto também serve para você. Cada um é responsável pelo modo como vive, assim como pelas dificuldades que enfrenta. Aceitar esse compromisso se denomina maturidade”.

Fez uma pausa antes de prosseguir: “Resignação é a aceitação do inevitável. Há muita sabedoria em entender o fato consumado. Uma determinada situação pode estar finalizada, como uma demissão, separação ou falecimento, por exemplo. Contudo, o sofrimento dela decorrente não é um sentimento definitivo. Haverá dor enquanto não houver uma mudança no olhar. Somente assim se inicia uma transformação. A resignação não serve como fuga nem significa desistência. O fato pode estar consumado, mas se existe dor, a experiência ainda está em andamento. Em algumas, os movimentos internos bastam para a cura. Noutras, há a necessidade de deslocamentos pelo mundo. De um jeito ou de outro, ninguém pode ficar resignado diante do sofrimento de uma experiência que ainda não terminou”.

Maria disse que se sentiria culpada se os abandonasse. Eles enfrentariam sérias necessidades. Li Tzu esclareceu: “Não se deve abdicar da caridade nem da solidariedade. São autênticas potências evolutivas. No entanto, se faz necessário entender que as dificuldades são ferramentas de desenvolvimento existencial, moldam o caráter e aperfeiçoam as capacidades pessoais. Ajude sempre que possível, mas tenha o cuidado de jamais trazer para si a responsabilidade que não lhe cabe”. Ela perguntou qual era o limite entre a caridade que salva e o auxílio que prejudica. O mestre taoísta explicou: “O progresso é a fronteira almejada. Todo ato que retarda a evolução é prejudicial. É contrário à luz. Aja sempre de modo a fortalecer os envolvidos, mesmo que isso lhes contrarie o desejo e o costume. A ajuda indevida sobrecarrega uns para enfraquecer os demais. Todos perdem. Auxilie quem precisa se levantar, mas não carregue ninguém nas costas. Interferir na viagem daqueles que precisam aprender a caminhar com os próprios pés é o avesso do amor. Por vezes, diante do abismo, a genuína caridade não consiste em oferecer asas; está em deixar que construam as pontes”.

Ela indagou se o mestre taoísta se referia ao marido e ao filho, que eram adultos saudáveis. Liz Tzu pontuou: “Falo de todos que abusam da generosidade alheia por recusar o esforço ao trabalho ou à transformação pessoal. A culpa é uma invenção maléfica. São como rédeas invisíveis colocadas no coração. Somos conduzidos por mãos que não as nossas. Temos as emoções manipuladas. A liberdade e a felicidade restam suprimidas. Um processo de dominação dissimulado e atroz. O limite da caridade está na responsabilidade de cada indivíduo em buscar e desenvolver as próprias capacidades. De progredir moral, emocional, mental, profissional e espiritualmente. A generosidade é sagrada pelo poder de cura que oferece ao mundo. Entretanto, o abuso desta virtude gera sofrimento porque fomenta o vício do domínio e da estagnação. Criam-se dependências desnecessárias. Por fim, todos se atrapalham”.

Guadalupe se calou por alguns instantes, como se mergulhasse fundo em si mesma para trazer algo há muito escondido. Depois, se confessou magoada com todos aqueles que abusaram da sua generosidade. Li Tzu lhe corrigiu o raciocínio: “Ainda que tenha sido educada a servir aos outros indevidamente, você continua a permitir os maus-tratos quando se recusa a reagir de outra maneira. Segue magoando a si mesma por negligência, comodismo e falta de coragem. Nega-se à mudança. Nega-se a conhecer o verdadeiro amor. Acredite, o que mais a magoa não é como os outros a tratam, mas a maneira como continua se maltratando”.

Maria bebeu alguns goles de chá sem nenhuma pressa. Ela precisava de tempo para alocar aquelas ideias, como um viajante que pela primeira vez se depara com um mapa desconhecido, se dando conta de que há outros caminhos diferentes daquele que sempre percorreu. Ao esvaziar a xícara, perguntou ao mestre taoísta se, ao falar não quando sempre disse sim, o nó desataria. Li Tzu ponderou: “Sim e não”. Em seguida, explicou: “A resposta é sim, porque, ao processar a experiência com novos elementos, você alcançará diferentes resultados. O não é libertador quando substitui o sim que nos maltrata e desagrada. A depender das circunstâncias, existe amor tanto em dar quanto em negar. Entretanto, para não haver recaídas nem tropeços emocionais, a mudança de postura precisa estar respaldada na clareza e na firmeza de um novo olhar”. E complementou o raciocínio: “A resposta é não, enquanto restar o menor traço de mágoa. Seria como afrouxar o nó sem o desatar definitivamente. Não pode faltar o perdão, seja aos outros, seja para si mesma. O passado precisa servir de escola, jamais se tornar uma prisão. Sem essa compreensão, a trajetória restará incompleta”.

Guadalupe lamentou que os seus relacionamentos a tivessem prejudicado tanto. O mestre taoísta tornou a corrigir o raciocínio: “Ao contrário do que muitos acreditam, os relacionamentos difíceis e complicados, apesar de não serem desejados por motivos óbvios, são os melhores laboratórios ao autodescobrimento e aperfeiçoamento pessoal que existem. São esses cientistas existenciais quem mais costumam progredir em suas transformações e reconstruções. Desde, é claro, que saibam aproveitar as oportunidades com amor e sabedoria, sem se perder em crenças infundadas, desânimos e lamentações inúteis. A vida se descortina na mudança do olhar, e se transforma quando aperfeiçoamos os movimentos internos para que sirvam de sustentação segura aos deslocamentos pelo mundo”. 

Guadalupe perguntou como deveria, na prática, agir com a família. Li Tzu deu de ombros e manteve a habitual sinceridade: “Não faço a menor ideia. Foi-lhe oferecido a bússola e o mapa. A viagem é sua. Aprender a tomar as próprias decisões é exercício evolutivo de percepção, sensibilidade, aprimoramento de virtudes e conhecimento da verdade. Lembre-se de que as consequências das suas escolhas recairão sobre você. Enquanto não aceitar desafio e a responsabilidade pela reconstrução de si mesma, assim como a definição da rota pela qual atravessará a vida, continuará sendo aquela que os outros querem que você seja, sem nunca chegar a lugar nenhum”.

Encerramos aquele período de estudos sobre o Tao Te Ching sem mais tocar no assunto. Encontrei com a Maria dois anos depois em um congresso para editores latinos em Buenos Aires. Como representante de uma multinacional fabricante de papel, ela era responsável por oferecer aos editores um tipo de papel pólen, de alta qualidade, produzido de modo menos agressivo ao meio-ambiente. Convidou-me para um café. Disse que queria me contar algumas coisas. Fomos a uma agradável cafeteria na Recoleta.

Após retornar ao México, Maria conversou com o marido e o filho. Tinha decidido se separar de Moacir e estava disposta a incentivar o filho a desenvolver as próprias potencialidades. O rapaz disse que, pela afinidade que havia, ficaria morando com pai. Ela deixou a casa para eles e depositou uma boa quantia na conta de cada um. O suficiente para se manterem por mais de um ano, caso tivessem as despesas regradas e sob controle. Tempo suficiente para conseguirem um emprego. Poderiam também usar o dinheiro para montar um pequeno negócio. Ambos ficaram satisfeitos. Assim, Guadalupe partiu. Foi morar em um apartamento em outro bairro da cidade. Passados alguns poucos meses, a procuraram. Não tinham emprego nem negócio. O dinheiro acabara. Precisavam de mais. Foi quando Maria entendeu que aquele era um momento angular: se mostraria capaz de desatar o nó das emoções manipuladas ou prosseguiria guiada pelas rédeas da culpa.

Alicerçada na própria consciência, afirmou que não daria nem mais um tostão. Estavam aptos a trabalhar e ganhar o próprio sustento. Não havia ajuda melhor. Revoltados por não serem atendidos como de costume, gritaram ofensas e maldições. Apesar das acusações de insensibilidade e impiedade, Guadalupe não se abalou. Manteve-se firme, serena e irredutível. Embora uma leitura superficial pudesse indicar uma atitude de abandono ou egoísmo, em verdade, era ato de crescimento e redenção. O bem-estar proporcionado pelos bons tratos de como passou a se tratar, fez a mágoa se dissolver. Foi envolvida por uma paz até então desconhecida. Aprendera mais sobre o amor ao reelaborar aquela experiência familiar do que em mais de quatro décadas de existência. Vivia sentimentos que até então acreditava impossíveis. O seu olhar e sorriso afiançavam as suas palavras.

Comentei que ela havia vencido o mundo. Maria negou. Disse que vencera a si mesma. E isto bastava para se sentir digna e livre. Retirou da bolsa o pequeno livro do Tao Te Ching e me mostrou a estrofe inicial do poema trinta e três:

Vencer os outros é destruição,

Vencer a si mesmo é iluminação”.

Ela tinha razão. Do coração de uma mulher nascera a mesma mulher. Embora fosse a mesma, era outra. Os nós existenciais finalmente estavam desatados. Brindamos à transformação com duas xícaras de espresso duplo.

Yoskhaz

2 comments

Terumi novembro 21, 2025 at 1:53 am

Gratidão 🙏

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Márcus André novembro 24, 2025 at 6:14 pm

obrigado!

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