MANUSCRITOS VII

A cura

Todas as vezes que percorro as estreitas e sinuosas ruas da pequena cidade no sopé da montanha que abriga o mosteiro, tenho a nítida sensação de que vou ao encontro de quem desconheço em mim. O trem me deixa na estação de madrugada. A depender da época do ano, o céu está salpicado de estrelas ou oferece tons rosáceos anunciando a chegada da manhã. O calçamento irregular feito com pedras seculares proporciona ao orvalho da noite a formação de poças d’água que espelham os lampiões de ferro. Uma ambiência inspiradora para o momento seguinte. Loureiro, o sapateiro amante dos livros de filosofia e dos vinhos tintos, é um precioso interlocutor a me ensinar a dialogar comigo mesmo. Essas conversas nem sempre são amenas, pois trazem verdades delicadas, e até mesmo desconfortáveis, a me mostrar quem ainda não sou.

Ao me aproximar, notei que a clássica bicicleta do artesão não estava encostada no poste em frente ao ateliê como de costume. Estranhei. Cogitei que estivesse fechado. Os inusitados e inexatos horários de funcionamento eram famosos na região. Para minha alegria, estava aberto. Fui recebido por Loureiro com um sorriso sincero e um abraço apertado. Enquanto ele preparava um bule de café fresco, me sentei junto ao pesado balcão de madeira. Perguntei sobre a bicicleta. O sapateiro comentou: “Alguém a levou sem a minha autorização”. Falei que ele deveria estar muito chateado, pois a tinha desde a juventude. Ao voltar com duas canecas fumegantes de café, sorriu e disse: “Alguém precisava mais dela do que eu”.

Falei que não era justo, tampouco correto, o raciocínio. Sugeri que registrasse a ocorrência em uma delegacia e pedisse para investigar; não pelo valor material, mas pela perda emocional. Era uma cidade pequena, não seria difícil. Em seu lugar eu não me acomodaria. Ele disse que esse movimento não o interessava e ponderou: “Enquanto eu estiver inconformado, manterei comigo a dor da perda. A cura será sempre a prioridade”. Argumentei que a dor cessaria caso a bicicleta fosse encontrada”. O sapateiro explicou: “Sim, não deixa de ser um tratamento. Contudo, dependeria de fatos alheios à minha vontade. Quando vivo à espera de acontecimentos que estão fora do meu controle, esgarço o sofrimento ao prolongar indefinidamente a dor”. Bebeu um gole de café e disse: “Prefiro a terapia de autocura, na qual inexiste qualquer dependência de movimentos externos. Removo de mim as emoções dolorosas através de ideias luminosas. Um sentimento novo e saudável se instala para cicatrizar a ferida”. Fez uma pausa antes de concluir: “Curar é tirar de dentro tudo aquilo que não serve mais. Para tanto, não há nenhuma boa razão para ter de esperar por algo ou alguém”.

Eu não me conformava com aquela maneira de pensar. Apropriar-se de algo que não lhe pertence é um grave desvio de comportamento, ponderei. Loureiro concordou: “Sem dúvida. Não quer dizer que concordo ou apoio esse tipo de atitude. Significa apenas que escolho quem irá me fazer companhia. Aonde quer que eu vá, pensamentos e sentimentos me acompanharão por todo tempo; quando densos, me aprisionam em tristeza, indignação e revolta; a vida se apequena quando me amiúdo em sofrimento. É como se eu vivesse dentro de uma caixa que me limita e estreita. Não quero isso para mim”. Fez uma breve pausa antes de prosseguir: “Ao expandir o pensar, a liberdade abre as asas; a paz estabelece os seus alicerces em um coração sereno. Ao germinar amor e sabedoria às ideias e emoções diante de um revés, me reequilíbrio e fortaleço. O mal fica para trás; aquele que o praticou é quem tem de lidar e conviver com ele, não eu. Esse é o exato movimento de cura. Tornar-me um lugar agradável para viver é parte da arte da vida”.

Beirando o inconformismo, falei que era um absurdo ele deixar o ladrão impune. O artesão explicou: “As perdas que ele sofrerá serão bem mais graves do que as minhas. Eu fiquei sem a bicicleta, ele apagou a própria luz. Há que se ter compaixão de quem perdeu a maior riqueza; e, mais grave, ainda vive sem se dar conta disso, acreditando que se deu bem”. Embora compreendesse a grandeza da ideia, discordava que servisse de consolo. Há quase meio século, aquela bicicleta tinha sido o meio de transporte utilizado para se locomover entre a casa e o trabalho. Se ainda estava em perfeito estado de uso era devido ao seu cuidado na manutenção e conservação da bicicleta. Insisti que não justo; era necessário que lutasse pelos seus direitos. Mais uma vez o sapateiro não permitiu que eu fizesse mau uso de uma boa ideia: “Sim, não abdicar de nossos direitos fala da luta sobre a construção de quem somos, a arte da vida. Entender a diferença entre buscas e conflitos permite compreender a indispensabilidade ou o desperdício de cada batalha. Algumas são fundamentais; outras, desnecessárias. Do contrário, esgotaremos os dias em pequenas e inúmeras guerras cujos ganhos em nada acrescentam à bagagem. Mesmo ao ganhar, perderemos; ao vencer, estarei derrotado”.

Indaguei como saber se a batalha era fundamental ou desnecessária. Loureiro explicou: “Aquelas que ajudam a construir quem somos são indispensáveis. Elas falam da dignidade que não pode faltar, da paz que desmanchou o medo, da felicidade por me tornar uma pessoa diferente e melhor a cada dia, da liberdade de seguir em frente e do amor que dá sentido à vida. Tudo mais precisa da correta avaliação para saber se vale a pena”. Comentei que naquela última frase, a palavra pena poderia ter conotação de castigo. O sapateiro esclareceu: “Sim, é exatamente isso. Nem toda luta é libertadora. Ao contrário, a maior parte delas, as quais estamos aprisionados por vícios ancestrais, se tornam autopunitivas. O tempo que durar o conflito determina a extensão da dor. A fugaz alegria de uma eventual vitória não compensará o tamanho da ferida agravada nem os dias perdidos à espera de decisões que estão além da sua vontade. Jamais teremos autonomia sobre a própria vida enquanto não entendermos o poder da autodeterminação. A melhor terapia de cura será sempre aquela que depender apenas de si mesmo”. Bebeu um gole de café e disse: “Acredite, nunca faltará uma à sua disposição. Se não encontrar, limpe as lentes embaçadas por obsoletos modos de pensar, limpe os filtros de ultrapassadas maneiras de sentir. Você a descobrirá através de vias inusitadas, jamais antes permitidas, embora os sábios falem delas desde tempos imemoriais. Perdidos em conceitos e emoções de supremacia, domínio e imposição sobre os outros, ao desconhecer o verdadeiro significado da vitória, deixamos que a felicidade exista apenas no imaginário dos poetas e nas letras dos livros sagrados. Enquanto acreditar que somente serei feliz ao ter a bicicleta de volta, deixo que o sofrimento instale um império que não sei quando terá fim. Ao aceitar que a bicicleta não é uma prioridade em minha vida por não caber na bagagem quando da minha transição dimensional, reconquisto a paz e a felicidade. Entendo a legítima régua do valor de todas as coisas. Liberto-me do sofrimento”.

Em seguida, acrescentou: “Veja, por exemplo, os processos judiciais que se arrastam por longos anos na tentativa de buscar a reparação de uma dor ou uma eventual perda. Ainda que, a depender do caso, uma sentença possa trazer algum conforto financeiro ou punição ao malfeitor, será ineficaz para devolver o tempo perdido, como são os dias desperdiçados em sofrimento. Trata-se de uma terapia cansativa, alongada e, mais grave, inútil. Aqueles que afirmam se sentirem curados por esses métodos vivem envolvidos em grandes enganos. Falam em justiça quando, em verdade, desejam vingança ou se movem por meros interesses econômicos escondidos por trás de argumentos falaciosos de belos contornos, porém, desprovidos de amor e sabedoria. Mentem para eles mesmos”.

Ele acrescentou: “Diferente não é no caso de uma ofensa, que pode se manifestar de inúmeras formas, desde a uma mera crítica que tem por real objetivo depreciar aquele que não se encaixa ao gosto e sabores que os críticos determinaram como os corretos de apreciar, até maneiras mais veladas de agredir, como por exemplo o desprezo, uma manifestação sombria de orgulho e soberba pela pretensa superioridade que se apresenta. Há modos ainda mais agressivos por serem coletivos, como o denominado cancelamento, uma terrível e contemporânea maneira de, por intermédio das redes sociais, segregar pessoas se negam a compartilhar de uma ideia única, coagindo singularidades e o livre-pensar. São hediondas máquinas de repressão muito utilizadas atualmente e, pior, apreciadas por multidões ainda viciadas em se alimentar do mal sob o falso argumento de estarem defendendo o bem. Em quaisquer dos casos, querem prender a todos aos limites estreitos das suas incompreensões, como se uma pessoa dependesse da permissão de outra para ser quem é”.

Bebeu um gole de café e explicou: “Sentir-se ofendido interrompe o voo, como um pássaro que nega o céu pela ameaça dos estilingues. Não posso impedir as pedras, mas tenho como evitar que me atinjam”. Eu quis saber como fazer. Loureiro explicou: “Voe alto. As pedras jamais o alcançarão”. Ele fez um movimento com a mão como se falasse o óbvio e esclareceu: “Sofrerei com a ofensa enquanto acreditar que a minha dignidade é passível de furto como se fosse uma bicicleta. Não, nada nem ninguém pode me roubar a dignidade; basta que eu me mantenha alinhado a verdade e as virtudes. Em casos assim, desde que desprovido de orgulho e vaidade, não será difícil entender que o agressor não fala de mim; apenas transborda os tumultos do seu coração. Dignifico-me através do melhor que há em mim: ao agir na fronteira extrema da verdade alcançada e no expoente das virtudes já conquistadas. Liberto-me da ofensa e sigo em paz”.

Franziu as sobrancelhas e disse: “Cometo um desatino quando deixo a minha felicidade a mercê da incompreensão alheia; como posso entregar aos outros algo tão precioso, íntimo e essencial? Se conheço a verdade que me guia e as virtudes que me movem, jamais caberão em minha alma as palavras eivadas em contrariedades, descontroles e equívocos de outra pessoa. Pouco importa o que pensam de mim. Somente os imaturos necessitam da validação ou autorização alheia para serem felizes ou acreditar ser quem são”.

Em seguida, fez um alerta: “O que não pode faltar é humildade, simplicidade e compaixão. Se houver algo de verdadeiro nas palavras do outro, fique com a parte boa e desconsidere a ruim; reconheça os seus erros, peça desculpas, repare os danos, assuma o compromisso consigo mesmo de corrigir a rota e siga em frente. Como sempre falamos nesta oficina, desde que bem aproveitados, os erros modelam os sapatos mais nobres”.

O inusitado jeito de pensar do sapateiro me desconcertava. Decidi falar sobre uma situação que me incomodava. Eu estava bastante chateado com um amigo que havia me pedido dinheiro emprestado para investir em sua empresa. Expliquei que precisaria da quantia de volta em no máximo um ano, pois me preparava para montar uma gráfica dentro da editora que eu dirigia. Ele me dera a garantia pessoal de que devolveria o valor original no prazo combinado, mesmo se o negócio não desse certo como ele esperava; se precisasse, recorreria aos bancos ou venderia o seu belo sítio para honrar o compromisso comigo. Atendi ao seu pedido. Ao término do tempo estabelecido, ele não me pagou. Ouvi argumentos que desconsideravam a responsabilidade assumida; fossem os altos juros bancários, fosse a dificuldade em se desfazer do lugar onde os seus netos passavam as férias. Enfim, ele disse que pagaria quando pudesse, se negando a estabelecer uma data. Falei ao sapateiro que me sentia um otário por me deixar enganar por promessas vazias de compromissos sérios. Loureiro me mostrou o erro que me aprisionava em sofrimento: “Por que se condenar com palavra tão dura? Por que se ferir com mentiras? Por que se punir por situação na qual você não cometeu nenhum erro?”. Ficou alguns instantes em silêncio para que eu entendesse o equívoco dos pensamentos que criavam uma ferida sem nenhuma boa razão para existir. O sapateiro continuou: “Você confiou em um amigo; não há nada de errado nisto. Quantas vezes já ajudou outros ou foi socorrido por alguns também?”. Respondi que muitas vezes. Ele prosseguiu na construção de um inusitado raciocínio: “Você se sentiu bem quando todos os envolvidos honraram a palavra?”. Falei sim com a cabeça. “Sabe por que a confiança e a credibilidade são algumas das maravilhas da vida?”. Falei não com a cabeça. Loureiro me ensinou: “Porque são pilares da dignidade. Ninguém é feliz ou vive em paz sem dignidade; aqueles que tentam, ainda que neguem, serão eternamente assombrados pelos fantasmas dos enganos e dos próprios erros até que iluminem a escuridão que provocaram”. E fez a pergunta derradeira: “Você perdeu dinheiro; ele a luz. Quem é o verdadeiro tolo?”. A resposta era evidente e não precisava ser verbalizada. O sapateiro concluiu: “Agradeça à vida por nessa relação você estar onde conseguiu chegar e não do outro lado, no papel do bufão que engana a plateia ao protagonizar um espetáculo sombrio e de mau-gosto”.

Loureiro esclareceu ainda mais: “Viva como se ele não devesse nada a você; se algum dia resolver honrar o compromisso, aceite. Enquanto isto, veja como um investimento de alto risco e retorno improvável por causa da inconstância moral do interlocutor, como nas bolsas de valores quando prejuízos são causados pelas notícias falaciosas que escondem as ruínas estruturais de uma empresa. Repito, errado não é quem agiu de boa-fé, mas aquele que faltou com a verdade ao renegar o compromisso assumido”. Em seguida, ofereceu mais uma dose de ideias luminosas, poderosos elixires a reequilibrar as emoções e, assim, estancar a dor da alma: “A autopunição pelos erros, excessos e desvarios alheios são causas insensatas das muitas feridas que provocamos em nós mesmos. Sofremos pelos atos terríveis e absurdos dos outros, quando as consequências de todas as ações cabem única e exclusivamente a quem as praticou. Não existe nenhuma boa razão para eu me autocondenar pelo mal-uso do bem que ofereci. Temos por hábito nos punir por erros que não cometemos. Na imaturidade da consciência acreditamos que o enganado é um tolo, sendo o enganador alguém muito esperto. Ao pensar assim, arrancamos as flores do lindo jardim da alma, que surge na prática do bem, para andar sobre as pedras pontiagudas das incompreensões; os pés sangrarão desnecessariamente. Jamais faça isso consigo mesmo”. Bebeu mais um gole de café e concluiu: “Sou senhor de mim quando, sem importar o movimento do mundo, me mantenho alinhado à minha luz. Com ela tenho tudo que preciso para seguir em frente sem me ater aos passos descompassados que não foram dados por mim”.

Esvaziei a caneca de café sem dizer palavra. Eu precisava metabolizar aquele novo olhar para cicatrizar todas as feridas que sangravam em mim; e, ainda mais, sem permitir que dores desvairadas permanecessem em meu coração. Nenhum sofrimento é necessário; todos se desmancham no aperfeiçoamento do olhar. Então, Loureiro finalizou: “Se cada pessoa mora dentro de si mesma, não há um único bom motivo para permitir que a bagunça dos outros desarrumem a nossa casa. Tendo os seus pensamentos e sentimentos como companhia indissociável, jamais autorize que o sofrimento se instale como hospede, nem mesmo por único dia. Acostumar-se a conviver com o mal leva à estagnação e ao esgotamento; a alma apodrece de tanta dor. Curar é tirar o mal de dentro da gente. Para tanto, não é preciso esperar por nada nem por ninguém. A cura está na mudança do olhar”.

Estava na hora de partir. Eu pegaria carona com o caminhão que levava mantimentos ao mosteiro. Agradeci ao sapateiro pela conversa. A leveza tinha sido restaurada pelo fim das incompreensões, sementes de todos os sofrimento. Ele tinha me levado a descobrir um poder oculto, e sempre disponível, que eu desconhecia. Nesse instante, fomos surpreendidos pela entrada de Rene na oficina. Livreiro por dom e profissão, Rene era um antigo e leal amigo de Loureiro. Ao saber do furto da bicicleta, saíra a procura de uma substituta, e encontrara outra ainda mais rara. Era uma Schwinn, bicicleta fabricada nas primeiras décadas do século passado, em perfeito estado de conservação e uso. Resolvera presentear àquele que o ajudara em vários momentos cruciais da sua vida. A Schwinn era uma das paixões secretas de Loureiro. A cidade amanheceu com o sorriso do sapateiro. A vida nunca deixa a pé quem caminha na luz.

10 comments

Prislaine Cordova março 29, 2023 at 2:18 pm

Yoskhaz, se você soubesse quantas vezes ja me salvou de mim mesma.
Que ensinamento lindo, consegui identificar quais as minhas bicicletas e entender que nada pode ser furtado de mim, o que depende do exterior não me cabe, eu sou meu universo, meu mundo é o meu ponto de vista.

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Fernando Machado abril 3, 2023 at 3:36 am

Gratidão profunda e sem fim Amado irmão das estrelas, nessa semana entraram no ateliê e roubaram muitas coisas de valor material, passado o susto, não consegui parar de pensar no quanto foi pior o que deixaram dentro de mim, do que os materiais que levaram e o prejuízo que causaram, rapidamente pude reagir e eliminar de mim o ódio e a sede por “justiça e vingança”. E não por acaso leio esse texto hoje.

Gratidão sem fim

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Márcia Campos abril 12, 2023 at 6:40 pm

Uma verdadeira benção para aquele que consegue assimilar e transcender através de seus ensinamentos gratidão

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Maangoba abril 5, 2023 at 6:03 pm

Definir o que é prioridade em minha vida determina e diferencia os pensamentos de cura e libertação dos pensamentos de aprisionamento e sofrimento. Agradeço pelo texto compartilhado pois me ajuda a continuar caminhando de acordo com a minha verdade fazendo o possível para estar sempre do lado “certo”. Faço a minha parte e deixo que o outro faça a parte dele. Grande abraço

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Sergio Abreu abril 5, 2023 at 7:18 pm

Sempre venho aqui e acabo lendo aquilo que preciso no momento… Perfeito! Como sempre. Gratidão!!

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Rhodolfo abril 13, 2023 at 12:08 am

Gratidão! 🙏🙏

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A. C BORGES abril 13, 2023 at 7:41 pm

Cheguei aqui pela leitura de seu texto feita pela Márcia Rodrigues no YouTube. Precisava de também ler o texto ao invés de simplesmente ouvir. Percebi o quanto no passado me responsabilize por erros alheios. Também fui capaz de avaliar meu caminhar com minha reação a um recente episódio de estelionato ocorrido via WhatsApp quando um desconhecido se fez passar por quem não era e lhe emprestei vultosa quantia. Quando percebi o golpe o banco já havia pago e não se responsabilizava pela transação ocorrida. Como tia em mãos o telefone do estelionatario eu lhe escrevi que sabia ter caído no golpe e que esperava que aquele dinheiro fosse mais útil a ele do que a mim. No dia seguinte recebi de alguém que me devia há 5 anos uma quantia paga com juros e correção de mora. E não passei dificuldades de honrar meus compromissos naquele mês.

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MARCELLO MELLO SCHWEITZER abril 16, 2023 at 7:17 pm

Divino, amei esse texto.

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CRISTINA BOVI MATSUOKA abril 17, 2023 at 2:54 am

Adoro aprender com o Loureiro

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Terumi junho 10, 2023 at 1:33 am

Gratidão 🙏

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